Depois de ter deixado Fernando de Noronha no plano B por alguns anos, finalmente fui convencido, pela minha esposa, que estava mais do que na hora de visitarmos a ilha. E ela estava coberta de razão: o arquipélago é belíssimo, e mesmo na alta temporada, devido à restrição de acesso, Noronha é muito tranquila. Seguem aqui algumas dicas para os que querem se aventurar pela ilha.
Transporte: táxi e ônibus. Achamos que não valeria a pena locar um veículo para deixá-lo estacionado a maior parte do período, pois passaríamos o maior tempo dentro do mar ou caminhando pelas praias e trilhas. Os ônibus (são apenas dois!) circulam com um intervalo médio de 30 minutos, e a passagem custa 3 reais.
Para chegar em algumas praias de Fernando de Noronha é preciso caminhar um pouco a partir dos pontos de ônibus, mas são caminhadas curtas. Em outras paradas, como Porto e Sueste, o ponto de ônibus é na “cara da praia”. A dois passos do paraíso! Os ônibus circulam em duas direções: Porto (ao norte da ilha) ou Sueste (ao sul da ilha).
Leia também: Fernando de Noronha, um guia de viagem para conhecer o paraíso
ANOTE: Lembre-se de pegar um mapa de Noronha na chegada ao aeroporto (ou leve uma cópia no celular ou tablet). A orientação é bem simples e é praticamente impossível se perder em Noronha.
Bicicletas: Não conseguimos locar as bicicletas em Fernando de Noronha, mas essa pode ser uma boa alternativa. Segundo nos informaram, na lojinha do Projeto TAMAR, as bicicletas precisam ser retiradas e devolvidas no mesmo local (num quiosque ao lado do Projeto – e que estava fechado para almoço no dia em que passamos por lá – haviam duas bicicletas paradas no posto, mas não eram elétricas). As bicicletas precisam ser devolvidas até às 18 horas do mesmo dia (ou paga-se uma nova diária).
Assim, acabamos decidindo não locar as bicicletas no dia seguinte, pois teríamos que pegar um ônibus ou um taxi para retirar as bicicletas e outro para retornarmos para a pousada. Mas eu acho que vale a pena tentar locar por um dia e dar uma pedalada pela ilha, apesar das ladeiras (no caso das bicicletas elétricas, fica tranquilão). Se tivéssemos ficado mais uns dias, teríamos locado as bikes.
Protetor solar & Repelente: o primeiro é questão de vida ou morte! Passe o protetor antes de sair da pousada e reaplique-o quando necessário (você vai saber quando). O sol é impiedoso. Lembre-se que na Praia do Atalaia não é permitido o uso de protetor solar. Os protetores solares contém uma série de nanopartículas que podem se acumular nos organismos marinhos. Portanto, independente da recomendação do ICMBio, evite passar o filtro solar e entrar imediatamente no mar. Para a sua proteção, e dos organismos marinhos, aplique o protetor sempre com antecedência à exposição ao sol.
Quanto aos repelentes… não vimos nenhum mosquito nos cinco dias em que passamos na ilha. Provavelmente, devido à época do ano (Janeiro). Os nossos mastócitos agradeceram.
Refeições: tem para todos os gostos e bolsos. Desde pastel até lagosta. Destaco a moqueca de polvo com camarão do restaurante Tricolor (Vila dos Remédios). Deliciosa! O prato serve duas pessoas e custa 90 reais. E de sobremesa: um papo super gostoso, de mais de 1 hora, com os proprietários (D. Edna e S. Jorge). Ah… eles vendem uma pimenta saborosíssima preparada por ela (15 reais/frasco).
Para os que desejarem preparar um sanduíche para levar para as trilhas, ou mesmo para as praias, tem um mercadinho/padaria na Vila dos Remédios (Breakfast) que tem um pão fresquinho, presunto e queijo fatiados e embalados, e diversos sucos. Neste mercadinho/padaria tem sempre uma cerveja bem gelada (cerveja também é refeição!): 5 reais por uma long neck (Heineken, Bohemia, Antártica e aquela que não desce redondo). Nos bares/restaurantes, o preço da long neck varia entre 10 e 12 reais.
Snorkeling: Porto, Sueste, Atalaia e Sancho. Levamos máscara, snorkel e nadadeiras, e locamos os coletes no Sancho, Sueste e Atalaia (6 reais cada). Vimos arraias (Sancho), tartarugas (Sancho e Porto), tubarões (Porto e Sueste) e um sem números de belíssimos peixes (em todas). Difícil dizer qual foi o snorkeling que mais gostamos. Todos os mergulhos foram encantadores. Sancho e seus cardumes, Atalaia e sua transparência, Porto e sua diversidade, e Sueste e seus tubarões e tartarugas. Sen-sa-ci-o-nal! Foram horas de bunda para o céu.
Câmera subaquática: é possível locar uma na ilha por 50 reais/dia. Nós achamos uma promoção de uma câmera subaquática (Nikon S31) dois dias antes da viagem, e o preço da máquina saiu muito próximo do custo de 5 dias de aluguel de uma câmera. As câmeras alugadas, geralmente, são GoPro. Eu, particularmente, não me imagino tirando fotos em uma câmera sem um visor (A S31 tem visor LCD).
Passeio de Barco: fizemos pelo Trovão dos Mares, sem prancha-sub (preferimos terminar o passeio mais cedo e partir para outra praia no início da tarde). O valor, sem a pranchinha foi 190 reais. O saldo foi positivo: o barco é ótimo, bem estável, a tripulação prestativa, e tem-se uma visão da ilha por um outro ângulo. Os “poréns” foram a música em volume razoavelmente alto – preferimos o silêncio – e o almoço não mais do que razoável. O peixe empanado estava saboroso, entretanto, os acompanhamentos deixaram (e muito) a desejar, mas isso depende de cada um (teve gente que gostou). De forma geral, eu não diria que o passeio de barco é indispensável.
Praias e Pôr-do-sol: Eu, particularmente, preferi ver a ilha com os pés nela, de cima dos morros e falésias ou nas praias. A descida na praia do Bode e a caminhada até a Baia dos Porcos é de tirar o fôlego de tão bonita. A vista da praia do Americano, pelo Forte do Boldró, também é lindíssima. Tem um barzinho, no local, que abre todos os dias, a partir das 16 horas, para o pôr-do-sol. Chegue antes e ficarás em silêncio com todo o azul que Noronha, generosamente, oferece.
Trilha do Atalaia: conseguimos agendar a visita no ICMBio no dia em que chegamos na ilha, mas algumas pessoas não tiveram a mesma sorte. Seguimos uma sugestão do grupo Dicas de Fernando de Noronha (no Facebook): na chegada no aeroporto, fugimos do receptivo (Atalaia) e pegamos um taxi (21 reais) direto para a pousada. Deixamos as malas, almoçamos no Restaurante Flamboyant (um self-service super honesto e um bom pit-stop na hora do almoço, entre um mergulho e outro). Aproveitamos para pagar a taxa de acesso ao Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (81 reais/pessoa para acesso por 10 dias) no quiosque da Praça Flamboyant, ao lado do restaurante, e partimos para o posto do ICMBio (fecha no período do almoço e só reabre às 14h). Fizemos a trilha curta (sem guia), pois eu havia machucado o dedo de um dos pés na descida para a Praia do Boldró (levem bons calçados e não confiem em “sapato velho”). A praia do Atalaia é linda e o snorkeling maravilhoso. Eu ficaria dias dentro daquela água.
Golfinhos: Não vimos golfinhos no dia que fomos ao Mirante dos Golfinhos (chegamos por volta das 10 horas no ponto de observação), mas tivemos a sorte de ver dezenas deles do Forte de Nossa Senhora dos Remédios (segundo a Bióloga que monitorava o local, eram cerca de 200 golfinhos), e isso às 10:30 da manhã. Saltos e giros, um espetáculo. Creio que deve ser comum encontrá-los por lá agora, pois havia um posto de monitoramento da ONG Golfinho Rotador no Forte; e quando fomos ao Mirante, uma bióloga do ICMBio nos disse que os golfinhos estavam mudando os hábitos e que já não era tão frequente assim vê-los por lá.
Segurança: Mochila com celular, câmera fotográfica e carteiras: deixamos tudo na areia da praia, sob os cuidados do Deus Sol, enquanto fazíamos os mergulhos. Super relax.
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Pousada: Pousada do Lopes – Domiciliar. A pousada é bem localizada (próxima à Praça Flamboyant), os quartos estavam sempre limpos e possuem TV (que não ligamos) e ar condicionado (em ótimo estado). Gostamos também do café da manhã (frutas, pães, bolo, pão-de-queijo, sucos, leite, queijo e presunto).
A volta é certa. Coloquem Noronha no plano A!
Texto e Fotos por Luis Fernando Marques
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