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Manutenção da Bike parte a parte

Antes de tudo precisamos conhecer as partes que compõem uma bicicleta de mountain bike. O exemplo abaixo se trata de uma bicicleta de “downhill”, ou seja, é uma bicicleta voltada apenas para descidas, assim, é dotada de um número maior de peças móveis devido a presença da suspensão traseira. Mas, tirando a suspensão traseira, as partes ilustradas são, de maneira geral, integrantes de qualquer mountain bike.

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1. Passadores e Manetes de Freio
2. Guidão
3. Mesa / Avanço
4. Quadro
5. Canote
6. Selim
7. Suspensão Dianteira
8. Suspensão Traseira
9. Câmbio Traseiro
10. Câmbio Dianteiro
11. Eixos
12. Catraca / Roda Livre
13. Eixo Central
14. Pedivela
15. Pneu
16. Aro
17. Raios

Para termos segurança em uma trilha precisamos ter confiança em nosso equipamento, saber que todas a peças e conjuntos mecânicos estão em perfeito estado, para isso precisamos fazer uma manutenção rotineira em nossa bicicleta. Podemos dividir a manutenção da bike em três partes: limpeza, ajuste e lubrificação.

Limpeza: Deveremos lavar a bicicleta toda com água e sabão neutro, mas tomando cuidado para não usar jatos d’água próximos aos eixos (central e das rodas), pois pode penetrar água e acabar por estragar sua lubrificação interna. Nestes pontos devemos usar um escovinha ou um pincel para retirar os resíduos. É na limpeza também que podemos detectar problemas como rachaduras e amassados.

Ajuste: É a parte em que devemos fazer pequenas regulagens no equipamento para um melhor funcionamento. A bicicleta com o tempo sofre um desgaste natural, que faz com que suas partes móveis cedam e passem a não funcionar direito, tais como: freios, câmbios e suspensão. Freios e câmbios são acionados por cabos (tirando os freios hidráulicos), logo eles acabam cedendo e ficando frouxos, devendo assim ser reapertados e regulados no ponto certo, no caso dos freios ainda há o desgaste das sapatas.

Lubrificação: A lubrificação deve ser feita na transmissão (câmbios, passadores, corrente, catraca e pedivela), nos freios (manetes e eixos) e nos movimentos por esferas (eixos das rodas, eixo central e caixa de direção), sendo que, este último, necessário um pouco de experiência para desmontar e remontar suas peças. Na transmissão e nos freios deve ser utilizado um óleo fino (baixa viscosidade) como os da Shimano ou da Finish Line, podendo ser usado também óleo de máquina de costura (Singer). Já nos movimentos por esfera deve ser aplicado graxa do tipo MC2.

Parte a parte

Pneus e Câmaras-de-Ar: Devemos deixar sempre a câmara-de- ar na pressão correta, pois mesmo as melhores câmaras-de-ar não são completamente vedadas devido às microporosidades da borracha. A pressão certa varia de pneu para pneu, mas fica em torno de 35 PSI para trilha e 50 PSI para asfalto, isso evita de acontecer os chamados “snake bites” que são furos duplos causados pelo esmagamento do pneu entre um obstáculo e o aro da bicicleta. Regularmente verifique o pneu contra o aparecimento de rachaduras, desgaste, cortes e esfolados, pois se o pneu estourar durante uma descida, por exemplo, pode causar um sério acidente.

Eixos: Devem estar sempre em boas condições, pois depende dele a livre rolagem da roda e do pedivela. Devem ser lubrificados com graxa, mas para isso é preciso desmontá-los, o que deve ser feito apenas por ciclistas experientes, ou por um mecânico especializado. São fixados ao quadro por blocagens (ou saque-rápido), para facilitar a sua retirada, devendo portanto ser colocados na mesma posição, para que a roda não fique agarrando na sapata do freio.

Aros e Raios: Os aros são importantes porque também fazem parte do sistema de freios da bicicleta. Regular freios com aros empenados é uma tarefa impossível, devendo o aro ser desempenado ou trocado, dependendo da avaria, podendo ser feito o desempeno numa loja especializada. Devemos verificar o estado do aro à procura de amassados e rachaduras, principalmente na emenda. Se começarmos a sentir uma trepidação na bicicleta, é porque os raios estão desregulados, ficando a roda “ovalizada”. Para sanar este problema devemos apertar ou soltar os “niples” que é a fixação do raio com o aro.

Freios: Com o uso as sapatas do freio vão se desgastando, ficando o sistema com muita folga. A solução é soltar mais os parafusos de regulagens dos manetes de freio, ou, se a folga é muito grande, soltar o parafuso da sapata e aproximá-la do aro, tornando a apertar o parafuso novamente. Tome o cuidado de deixar as sapata paralelas ao aro, se não há a possibilidade de quando for acionado o freio, a sapata pegar no pneu, provocando um rasgo e a perda do pneu.

Transmissão: A transmissão deve ser limpa e lubrificada após cada trilha, devendo os detritos ser retirados com querosene e uma escovinha. Depois é só colocar um óleo de baixa viscosidade. Não use graxa pois nela grudam muita poeira e terra, e também não use óleo desengripante como o WD-40 pois evapora rapidamente, deixando a corrente seca. Lembre-se, utilize o óleo com moderação, retirando sempre os excessos.

Guidão: Peça geralmente de alumínio (material sujeito à fadiga) que sustenta parte do peso do ciclista, devendo a vir ser trocado regularmente, pois há risco de quebra. Se você faz trilha toda semana, é melhor que fazê-lo uma vez por ano. Pode ser de alumínio ou de titânio, sendo este último mais resistente.

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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