A escalada e suas variações





A escalada pode ser praticada em qualquer lugar onde seja possível prender grampos, passar uma corda e subir em direção ao topo. Conheça alguns estilos deste esporte.

Bouldering

Modalidade radicalmente atlética. Atinge os mais altos graus de dificuldade técnica entre todas as formas de escalada. É um bom treino para o desenvolvimento das técnicas de progressão em rocha, um problema de bouldering consiste num único lance, extremamente difícil, que escalado sem corda, sempre a poucos metros do chão sem utilizar equipamentos de segurança, exceto um bom par de sapatilhas e um saquinho com pó de bi-carbonato de magnésio. Como a escalada é feita sem corda, deve-se, de preferência, deixar uma pessoa em baixo para apoiar o escalador no momento de uma queda, ajudando-o a se equilibrar e evitando que ele caia de cabeça ou outra posição indesejável.

A modalidade é bastante segura. É improvável que aconteça um acidente grave em bouldering, porem, é recomendável remover as pedras soltas do chão para não se ferir ao cair.

Escalada em muro Indoor

É uma modalidade que desenvolve técnicas de progressão com movimentos de refinada plástica com lances dinâmicos e acrobáticos, onde, para se percorrer uma via – itinerário pré-estabelecido em uma parede com agarras artificiais – o escalador segue as agarras de uma mesma cor, dentro de um determinado nível de dificuldade. Ultimamente tem crescido muito essa modalidade, pois tem surgido vários bares temáticos e academias especializadas nessa modalidade.

Escalada esportiva

Modalidade bastante praticada na Europa e EUA. São vias curtas, densamente grampeadas, com agarras, em alto grau de dificuldade e geralmente em local de fácil acesso. Ocorre em pequenas falésias que variam entre 20 a 60 metros de altura, por vias curtas, de fácil acesso e boa ancoragem sob condições controladas de segurança. Em geral, não se usa proteção móvel e a grampeação das vias, na conquista, é feita de cima para a baixo, em rappel. Se um escalador esportivo cai, normalmente ele desce e recomeça a escalada a partir do chão. Algumas vezes, as costuras são colocadas previamente nos grampos.

Como nas competições em muro artificial, o escalador vai engatando a corda nos mosquetões previamente instalados à medida que progride. O objetivo básico é escalar a via inteira, a partir do chão, com segurança por baixo, sem cair e sem se apoiar na corda ou nos grampos para descansar. Isso é chamado de redpoint ou encadeamento. Se uma via foi grampeada (também se diz equipada) mas ninguém conseguiu fazer o redpoint, então ela é chamada de projeto. Se o redpoint for conseguido na primeira tentativa, ganha o nome de flash. Se o autor do flash não viu ninguém escalando a via antes, então trata-se de um flash on-sight. Se o escalador cai repetidas vezes enquanto ensaia uma via, isso é chamado de hangdogging. Em geral, os catálogos de vias esportivas indicam o nome do autor do primeiro redpoint que, quase sempre, é o mesmo esportista que grampeou a via.

Escalada Livre ou Clássica

É a modalidade mais praticada no Brasil. Seu principal objetivo é escalar o máximo possível lances em uma rocha de forma livre, como sugere o nome, só recorrendo às técnicas artificiais em último caso. Nesta modalidade, não há o radicalismo de outras modalidades da escalada, onde paradas para descanso no final de cada enfiada de corda são normais.

As vias podem ser longas, mas o tempo de escalada não passa de um dia, todas as técnicas de progressão são utilizadas e os lances, em uma mesma escalada, podem variar bastante em dificuldade. Há a exigência de resistência física para suportar longas horas na parede. Além disso, há um contato maior com o ambiente, o que torna recomendável conhecer um pouco de meteorologia e até de navegação em trilha (para chegar até a via). Na escalada livre clássica, as vias são conquistadas, quer dizer, a primeira ascensão é feita com segurança por baixo.

Nesta modalidade, e também na escalada alpina e na de big wall, a ascensão é, em geral, feita em duplas. Cada escalador se prende a uma das pontas da corda. Aquele que sobe primeiro é chamado de guia e, o outro, de participante ou segundo. Após o guia escalar recebendo segurança do participante, os papeis se invertem e o segundo escala com segurança dada por cima pelo guia. A proteção móvel é empregada sempre que possível, ou seja, sempre que existirem fendas adequadas.

Ao chegar ao objetivo, desfrute da paisagem que você tem pela frente antes de descer a base novamente.

Escalada em Big Wall

É preciso ser experiente. A modalidade big wall consiste na ascensão de grandes paredões de pedra com trechos verticais, tetos e negativos. Essa escalada pode durar vários dias e os alpinistas podem ter que dormir ancorados às paredes da montanha, utilizando barracas especiais para isto. Além de fazerem uso intenso de técnicas de progressão em artificial., esse tipo de escalada requer grande quantidade de bagagem!

O escalador de Big Wall precisa conhecer técnicas de movimentação em corda fixa, de pernoite na parede e de içamento de cargas. Além disso, precisa estar em boa condição psicológica, já que um alto grau de tensão é mantido por horas seguidas e, às vezes, por dias inteiros.

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Mauricio Oliveira: Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.