Aventura na Praia do Aventureiro em Ilha Grande – RJ





Praia do Aventureiro

* Praia de mar aberto, com 600m de extensão. É ornamentada por coqueiros, amendoeiras e quaresmeiras, e possui uma formação rochosa chamada Ponta do Aventureiro. Possui águas verdes, transparentes e mornas com areias finas e claras. Está localizada dentro dos limites da Reserva Estadual da Praia do Sul, no Saco do Aventureiro. No local existe uma colônia de pescadores.

Nessa mesma extensão da Enseada da Praia do Sul, estão as praias do Leste e do Sul, que só podem ser visitadas com autorização de fiscais da reserva, que moram nesta praia.

Localização: Enseada da Praia do Sul / Araçatiba.
Acesso: Caminhada a partir da Praia do Provetá. Aluguel de Barcos no cais Santa Luzia em Angra dos Reis ou na Vila do Abraão, na Ilha Grande.*

A aventura

Saí de Nova Friburgo no dia 23 de fevereiro num ônibus que passa pela cidade às 2:00h rumo ao Rio de Janeiro. Cheguei às 4:20h na Rodoviária Novo Rio ainda sem saber se haveriam passagens para Angra dos Reis. No guichê da companhia Costa Verde – que faz as linhas para a costa sul do Rio – que ficava no 1º piso / nº 86 e 87, haviam dezenas de pessoas deitadas no chão com mochilas e barracas (o que não era bom sinal), foi onde recebi a informação de que o próximo ônibus para Angra sairia às 11:30h.

Em frente aos guichês um sujeito vendia duas passagens para Mangaratiba no ônibus das 6:00h. Pensei: compro as passagens, quando chegar em Mangaratiba, eu me viro pra pegar um barco pra Aventureiro ou um ônibus pra Angra… Olhei para o relógio, eram 5:00h em ponto quando uma mulher, puxando uma garotinha pelo braço, chegou às pressas dizendo que “lá fora tem uma van para Angra”, sem parar pra pensar, saí correndo para fora da rodoviária onde encontrei um sujeito que gritava “Angra agora! Angra agora!”.

Normalmente, em alta temporada, os motoristas de vans cobram um pouquinho a mais para levar as pessoas. A vantagem é que são realmente mais rápidas que os ônibus, porém o risco de um acidente é muito maior, mas mesmo assim, (prefiro as vans). (continua).

* O motorista me disse que sai todos os dias do ano a preço normal de R$ 12,00 da rodoviária Novo Rio.

Partindo de São Paulo:
– Carro – Seguir pela Rodovia Ayrton Senna até Mogi das Cruzes (44 Km) e depois seguir pela Mogi-Bertioga até a Rio-Santos (BR-101). Do trevo da Rio-Santos até Angra dos Reis são mais 310 Km. Outro caminho, mais longo, é seguir pela Imigrantes (ou Anchieta) até a Piaçagüera-Guarujá (46 Km); seguir pela Piaçagüera-Guarujá até a Rio-Santos (BR-101) (67 Km), e, deste ponto até Angra dos Reis (mais 343 Km).
– Ônibus – Do Terminal Tietê a Empresa Reunidas Paulista (Tel: 6971-2210) possui saídas diárias para Angra dos Reis, duração do percurso 6h e 30 min.

Partindo do Rio:
– Carro – Seguir até o Final da Av. Brasil, pegar Rio-Santos (BR-101) até Mangaratiba, percurso de 90 Km, ou percorre-se mais 50 Km até Angra dos Reis. Outro caminho é seguir pela Barra e Recreio até Santa Cruz depois se segue pela Rio-Santos (BR-101) até Mangaratiba ou Angra. Esta última opção é mais rápida para quem sai da Zona Sul do Rio.
– Ônibus – Na Rodoviária Novo Rio – Viação Costa Verde Tel.: (21) 23-3809 ou 573-1484.*

(continuação)
Me dirigi a ele e em cinco minutos estava embarcado com minha namorada confortavelmente numa “Besta” partindo para Angra dos Reis, e, o mais incrível, pelo mesmo preço do ônibus: R$ 15,00 (tive de pechinchar…).

Às 6:10h paramos num posto em Muriqui para botar alguma coisa no estômago (que já estava contorcido pelas manobras radicais do motorista), neste ponto, já não havia engarrafamento na estrada e o dia estava começando com um céu aberto. Antes de voltar a van, o motorista recolheu o dinheiro da passagem de todos.

Continuamos pela estrada a toda e passamos por Mangaratiba às 6:40h. Depois de ter passado por duas vans capotadas (o que não fez a menor diferença para o motorista…) chegamos vivos às 7:20h em Angra.

Eu nunca tinha ido à Ilha Grande, portanto, não saberia o que fazer ao descer do carro, perguntei ao motorista onde ficava o Cais: “Sei lá, pergunta pra alguém aí fora!”. Fora a resposta mais contundente que eu recebera até então. Desci. (continua).

* Logo na esquina da Av. Júlio Maria com Rua da Rodoviária, encontra-se o centro de informações turísticas, lá eles têm mapas da Ilha Grande e te encaminham para os melhores “picos” da cidade.

– O Cais Santa Luzia fica em frente à Feira de Artesanato na Av. Julio Maria, lá ficam aportados várias traineiras (barcos de pescadores) que fazem o trajeto até a Ilha Grande, eles cobram de R$10,00 a R$15,00 por passageiro.

– É sempre bom ficar atento se o barco tem coletes salva-vidas (muitos deles não tem) e se o barco vai exatamente para a praia que você quer ir, a maioria deles vão para Palmas ou Abraão, onde se encontra os maiores vilarejos da Ilha, contando até com pousadas.*

(continuação)
Olhando ao redor, percebi uma certa movimentação de mochilas e pessoas do outro lado da rua, era o cais! Em meio a muitos barcos espremidos na beira do píer, encontrei um pequeno que ia justamente naquela hora para Aventureiro e Parnaioca, faltavam apenas duas pessoas para completar (exatamente eu e minha namorada).

Entramos apressados no barquinho que saiu imediatamente. Agora sim! Tudo resolvido. Estava sentado na beira da traineira que ia direto para a praia que eu queria. Nos meus planos, em duas horas estaremos lá, no máximo.

Uma hora depois, com o sol na cabeça, enquanto outra traineira passava por nós, percebi o quanto a Ilha estava longe, comecei daí a tentar dormir para fazer o tempo passar rápido.

Já com duas horas de barco, contornando o litoral pedregoso da Ilha, conheci um “local” de Angra dos Reis que estava indo acampar em Aventureiro apenas para pegar umas ondas na Praia do Sul (continuação de Aventureiro). Durante todo o ano vários surfistas se mandam para lá somente para pegar ondas o dia inteiro.

Eram 10:30h quando o barco aportou em Aventureiro, corri para a proa para pegar minha mochila – que geralmente é levada no porão da embarcação – assim que peguei a mochila e certifiquei de que tudo estava em ordem, subi ao cais.

* As saídas para Ilha Grande, normalmente são feitas a partir de 9:00h até 12:00h, porém, em alta temporada, as traineiras saem assim que estiverem lotadas, portando não conte com hora marcada que é furo na certa.

– Leve sempre uma bagagem de mão para colocar biscoitos e sanduíches, com certeza, será muito útil na viajem de barco, porque a carga maior vai no porão e não tem como abri-lo no meio do cominho.*

O sol já fritava o meu cérebro há umas 2 horas, foi então que saí do cais e fui em direção à praia pelo caminho de subidas e descidas. Chegando na areia, me separei da minha namorada para procurarmos o nosso grupo de amigos que já tinham chegado e estavam à nossa espera. Por sorte, no primeiro camping dentre os seis que eu contei na praia, encontrei o pessoal. Agora pronto, foi só armar a barraca em meio a uma multidão de outras (muito mal organizadas) e relaxar nas sombras que a praia de Aventureiro nos oferece…

* Os camping de lá, são, na verdade, espaços de areia onde um morador da Praia constrói um banheiro e deixa o resto do espaço para as barracas.

– Particularmente, fiquei no pior camping, apesar de todos terem o mesmo preço, Camping do Ferreira (azar…).

– O preço do camping na alta temporada é de R$ 30,00 por pessoa, independentemente do tempo que você ficar, e fora de temporada, o preço cai pela metade.*

A praia de Aventureiro é muito tranqüila, em todos os aspectos. Durante o dia, recomenda-se comer bem pela manhã e passar o dia pelas trilhas, passeios de barco ou mesmo relaxando na praia. A melhor hora para almoçar é no final da tarde, o que evitou o jantar… Levei fogareiro e fiz todos os dias o meu almoço (miojo), por isso, gastei menos com comida, pois o “PF” custava R$5,00 (mas dava para duas mulheres ou dois homens não muito faminto…). À noite rola um lual na areia a luz de velas (IMPERDÍVEL), porque o gerador de luz é desligado à 1:00h.

No sábado mesmo, fomos até o pontal direito da Praia para subir a Pedra da Bandeira, uma caminhada entre pedra de mais ou menos 10 minutos. De cima da Pedra conseguimos ver toda a costa rochosa ao lado direito e as praias de Aventureiro á esquerda, são elas: Aventureiro, Praia do Leste e Praia do Sul.
Na segunda-feira, depois do café-da-manhã, saímos de barco para fazer um passeio pelas outras praias do lado oposto da Ilha, fomos até Dois Rios, fomos conhecer o presídio (aconselho levar um chinelo), no caminho, pensando que iria chegar mais rápido, saí da trilha e enchi meus pés de espinhos, o que me rendeu uma série de feridas nos pés que me infernizaram pelo resto da semana.

Já no presídio, vimos pouca coisa, o que vale mais é o valor histórico do lugar, tiramos algumas fotos e voltamos para a escuna.

Na volta, paramos em Parnaioca, uma praia onde moram meia dúzia de pescadores, em Parnaioca, as pessoas acampam na areia da praia mesmo, não há camping. Em Parnaioca existe uma trilha que leva a uma corredeira de água doce que vale a pena conferir também as quedas d’água e os poços, muito bonito.

O passeio dura cerca de quatro horas, e quando chegamos fomos direto comer algo.

Na quinta-feira, subimos por uma trilha em Aventureiro onde pudemos assistir o pôr-do-sol de cima do morro mais alto da praia. Esse morro tem cerca de 700m de altitude e em cima tem uma pedra de onde se enxerga todas as praias de Aventureiro e um pedaço de Parnaioca, visual imperdível!!!

Voltei na sexta-feira, para embarcar, tivemos que mandar nossas bagagens por um bote que depois voltaria para nos pegar porque o mar estava já há dois dias furioso impossibilitando os barcos de atracarem. Foi bastante tumultuado e o cais estava lotado de gente querendo um lugar nos barcos que saíam cheios. Chegando em Angra, consegui uma carona com meu amigo Diogo, o que fez da volta uma tranqüilidade.

* Na volta, vale a pena comprar os tickets para os barcos um dia antes com os donos dos camping ou com vendedores para evitar tumulto na hora do embarque.

Atenção ao nome do barco que você escolheu para voltar, alguns deles não tem autorização para atracar, então, mesmo com o mar calmo, você terá de ir de bote até a embarcação.

– Em Angra procure o Centro de Informações Turísticas para saber qual a melhor opção para a volta.*

“Mate apenas o tempo,
tire somente fotos,
deixe apenas pegadas…”

Mochila nas costas e
BOA VIAGEM!!!

Autor: Rudá Azambuja.
E-mail: rudaneto@uol.com.br
Cidade/UF: Ilha Grande – RJ

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Mauricio Oliveira: Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

Ver Comentários (2)

  • Bom dia!

    Eu e um grupo de mais ou menos 12 pessoas estamos planejando acampar nesse próximo final de semana (01 e 02/08). Nunca acampamos na ilha grande. Tivemos pesquisando na internet, e decidimos dar preferência a ilha do aventureiro. Gostaríamos que nos enviasse o orçamento da diária por pessoa, a partir de qual idade paga, as normas, se tem banheiro, se pode fazer churrasco, se tem energia elétrica, entre outras dúvidas.

    Aguardo retorno ansiosamente.

    Desde já agradeço,

    Maiara.

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