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As Cavernas do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) – SP

O Petar é caracterizado pela grande quantidade de cavernas que abriga, mais de 300. Algumas com salões gigantes, dunas, cachoeiras, abismos de até 240 metros de profundidade, “quebra-corpos”, escaladas e mergulhos. Cavernas “molhadas” e “secas”. Opções não faltam, para todos os gostos e níveis.

Aqui está a caverna com o maior pórtico do mundo, a Caverna Casa de Pedra e também a Caverna de Santana, a segunda maior do Estado de SP, com mais de 7 km de extensão e, considerada por muitos a oitava maravilha do planeta, por abrigar alguns salões com espeleotemas “divinos”.

Nem todas as cavernas são abertas à visitação e mesmo assim, as que são abertas possuem áreas de uso intensivo (qualquer visitante pode ir), uso extensivo (nem todos podem ir, somente com uma prévia autorização da direção do parque) e uso restrito (totalmente fechadas à visitação). Isso faz com que o número excessivo de visitas não degradem esse rico e frágil ambiente.

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Veja algumas das cavernas do Petar

Caverna de Santana: Sem dúvida é a caverna mais linda do PETAR. Possuí cerca de 7 km de extensão, com salões magníficos. É muito utilizada para aulas de Educação Ambiental e para fotografias. Nela estão os Salões das Flores, São Paulo, São Jorge, Takeupa e algumas imagens e curiosidades como o ‘Buraco do Segredo’, ‘Pata do Elefante’ e ‘Cabeça do Cavalo’. Muitos desses Salões são de visitação extensiva ou restrita.

Somente 800 metros abertos à visitação.

Está no Núcleo de Santana.

  • Caminhada externa: Fácil / 5 min.
  • Caminhada interna: Fácil / 2 hs

Caverna do Morro Preto: Esta caverna tem um dos mais belos pórticos de entrada de caverna do PETAR. A imagem do seu mirante interno, vista da boca, na contraluz faz com ela torne-se um cartão postal do parque.

Em sua boca foi encontrado vestígios que ela servia de abrigo para o homem primitivo.

Está no Núcleo de Santana.

  • Caminhada externa: Média / 15 min.
  • Caminhada interna: Média / 1 hs

Caverna do Couto: Esta caverna é praticamente um conduto de drenagem de águas provenientes da serra da Onça Parda.

É um conduto único de 600 metros que atravessa o morro, até sair do outro lado em outra boca. A visão da mata de dentro da caverna é algo espetacular. Tem ligação com a Caverna do Morro Preto (Travessia do Aborto – área de visitação extensiva).

Está no Núcleo de Santana

  • Caminhada externa: Fácil / 5 min.
  • Caminhada interna: Fácil / 1 hs

Caverna da Água Suja: Para se chegar até ela é necessário utilizar a Trilha do Rio Betari, outro atrativo à parte. Ela é uma caverna gigantesca, com grandes salões e cortada por um rio.

Tem aproximadamente 1.800 metros de desenvolvimento, sendo 800 metros turísticos. O desafio é chegar até sua cachoeira interna. Um banho na escuridão o espera.

Está no Núcleo de Santana

  • Caminhada externa: Médio / 40 min.
  • Caminhada interna: Médio / 2 hs

Caverna do Alambari de Baixo: Esta caverna proporciona uma das experiências mais emocionantes que o visitante pode levar do Petar. Sua entrada é gigantesca, com bela vista dos raios solares ao amanhecer. Um rio no seu interior dá a emoção desejada pelos aventureiros.

Está próxima ao Núcleo Ouro Grosso

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  • Caminhada externa: Fácil / 40 min.
  • Caminhada interna: Médio / 2 hs

Caverna da Laje Branca: Seu pórtico é muito bonito pela altura (130 metros) e pelas gotas que caem do teto, grandes salões com dunas de areias enfeitam o seu interior. De 1.200 metros, 400 são turísticos.

Na sua boca é realizado o Rapel da Laje Branca (135 metros).

Está na região do Lageado

  • Caminhada externa: Médio / 1 hs
  • Caminhada interna: Médio / 1 hs

Caverna do Ouro Grosso: É formada por uma seqüência de cachoeiras, sendo que algumas têm a necessidade de serem vencidas com a ajuda de cordas. A caverna possui vários poços com águas profundas que fazem com que o visitante tenha algumas intimidades com água em movimento.

Apenas um trecho de 200 metros encontrasse aberto à visitação.

Está no Núcleo do Ouro Grosso

  • Caminhada externa: Fácil / 15 min
  • Caminhada interna: Difícil / 2 hs

Caverna da Casa de Pedra: Seu portal é o maior do mundo, cerca de 250 metros de altura. Ela é formada pelo Rio Maximiniano, que corta a montanha. Sua travessia é Restrita. Podendo somente ser feita a trilha que leva até sua boca. Vale a pena fazer a trilha, o final é surpreendente.

Está no Núcleo Casa de Pedra

  • Caminhada externa: Díficil / 3 hs

Caverna Teminina: As dolinas (aberturas no teto) que ela possuí tornam ela uma caverna muito diferente, exótica. Ótima para fotografias.

Está no Núcleo Caboclos

  • Caminhada externa: Dificil / 2 hs
  • Caminhada interna: Difícil / 2 hs

Caverna Cristal: Caverna pequena, de fácil acesso e que é considerada uma das mais ornamentadas do PETAR. Nela há centenas de espeleotemas raros. Localiza-se numa propriedade particular.

Está próxima ao Núcleo Casa de Pedra

  • Caminhada externa: Fácil / 30 min
  • Caminhada intern: Médio / 2 hs

Caverna Desmoronada: Uma das cavernas mais lindas do PETAR. Ela faz uma travessia numa montanha, dando de ‘cara’ para o Vale da Ilusão. Está localizada no Núcleo Caboclos. Os raios de luz que entram pela sua maior boca são de causar arrepios.

Está localizada no Núcleo Caboclos

  • Caminhada externa: Média / 2 hs
  • Caminhada intern: Médio / 1 hs

O PETAR possuí mais de 300 cavernas. Muitas são de visitação Restrita. Essas citadas acima possuem trechos abertos à visitação e trechos de Visitação Extensiva e Restritas.

Para se visitar qualquer das cavernas do PETAR, é necessário e obrigatório estar acompanhado por um monitor local, esta é uma Norma da Unidade de Conservação.

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PARQUE ESTADUAL TURÍSTICO DO ALTO RIBEIRA

Mas a maior atração do Parque é sem dúvida sua riqueza espeleológica. São mais de 250 Cavernas cadastradas o que faz do PETAR uma das maiores concentrações deste gênero no Brasil. A formação montanhosa e a densa vegetação presentes na região, funcionam como uma barreira aos ventos que vêm do Atlântico Sul, causando uma alta precipitação chuvosa. A ação da água ácida nas rochas calcáreas durante milhares de anos, propiciou a formação de cavernas com piso, paredes e tetos ornamentados por inúmeros espeleotemas (estalactites, estalagmites, colunas, cortinas, etc.). No PETAR são encontradas cavidades naturais de diferentes tipos e dimensões, sejam horizontais (chamadas de grutas ou cavernas) ou verticais (chamadas de abismos).

Considerando o PETAR, o Parque Estadual Intervales, o Parque Estadual Carlos Botelho e Estação Ecológica de Xitué praticamente como uma única área, temos mais de 200.000 hectares de mata contínua. Isto é suficiente para que possamos encontrar espécies de amplo território tais como a Onça-pintada, o macaco Mono-carvoeiro e o Gavião-real. Porém é bastante difícil encontrar esses animais nas trilhas e lugares turísticos mais freqüentados.

Além destas espécies encontramos ainda no parque mamíferos como o Veado-mateiro a Irara e a Lontra. Inúmeras espécies de aves como o Papagaio-peito-roxo, a Jacutinga e outros pássaros de vários tipos.

A riqueza cultural da região é muito marcante. Artesanatos (cerâmica, cestarias, entalhes em madeiras), festas e comemorações tradicionais, assim como grande conhecimento de plantas medicinais, evidenciam um profundo enraizamento das comunidades que aí se instalaram. Sítios arqueológicos e históricos remontam uma história de quase 10.000 anos de ocupação humana.

As cidades de Iporanga e Apiaí são marcos históricos da colonização européia. A região foi considerada Reserva da Biosfera pela UNESCO, confirmando-a como patrimônio da humanidade. Pela generosidade de atrações naturais é possível praticar no PETAR várias atividades ao ar livre. Obedecendo a locais adequados dentro do parque, critérios e técnicas para cada atividade o visitante pode praticar seu esporte predileto como: espeleologia, rapel, trekking, bóia cross e mountain bike.

Os quatro núcleos de visitação

Núcleo Santana

O Núcleo Santana está localizado a 3 Km do Bairro da Serra em Iporanga. Este núcleo é cruzado pelo Rio Betari que é um afluente do Rio Ribeira de Iguape e recebe as águas de várias cavernas vivas. Seu leito é bastante pedregoso e acidentado e as águas de uma transparência sem igual. Próximo à entrada do Núcleo Santana encontramos um quiosque, onde iniciam-se as trilhas que levam às cavernas distantes, dentre elas a trilha para a Caverna Água Suja é uma boa pedida, pois vai margeando o Betari em quase toda sua extensão. O interessante, é que você deve cruzá-lo até chegar à Caverna, e se desejar continuar, a trilha vai bem adiante até as magnificas cachoeiras das Andorinhas e Betarizinho.

Além da Caverna da Água suja, e mais próximo à entrada do Parque pode-se visitar também a Caverna Santana, que dá nome ao Núcleo e é sem dúvida a mais requintada em formações e labirintos. Ainda próximo à entrada está a Caverna Morro Preto, a qual cansa um pouco o explorador pela ladeira que têm-se de subir até chegar à sua entrada, mas a escalada realmente compensa. Diz-se que quando do descobrimento desta caverna, foram encontrados vestígios de habitação pré-histórica da mesma. Certamente por estes motivos é que o Núcleo Santana é o mais visitado.

O Núcleo Santana dispõe de área de acampamento, com sanitários, lavanderia e ambulatório. Para maiores detalhes veja a seção Aonde ficar.

Núcleo Caboclos

Caboclos foi a primeira sede do Parque e localiza-se no coração do PETAR. Com relevo de planalto e altitude mais elevada, constitui-se ponto de partida para visitas em cavernas.

No Núcleo está situada a interessante Pedra do Chapéu e várias trilhas como a do Mirante e a Sete Reis que conduzem a cavernas tais como Chapéu, Aranhas, Água Sumida, Arataca, Pescaria, Desmoronada, Teminina, entre outras.

Ainda neste núcleo estão as Cachoeiras Sete Reis e Maximiniano.

O Núcleo Caboclos dispõe de área de acampamento, com sanitários e lavanderia. Para maiores detalhes veja a seção Aonde ficar.

Núcleo Ouro Grosso

Inaugurado em 98 por ocasiao das festividades do quadragésimo aníversário do PETAR, a sede do Núcleo Ouro Grosso fica junto ao Bairro da Serra e tem como atrativo principal a Caverna Ouro Grosso.

Próxima à entrada desta caverna está uma gigantesca Figueira com raízes tamanhas que pode-se passar por entre elas de pé.

Finalmente, vale dizer ainda que o Rio Betari também faz parte do cenário deste Núcleo.

Núcleo Casa de Pedra

O Núcleo Casa de Pedra conta com uma base de fiscalização e controle turístico que pode ser visto na foto acima. Do centro da cidade de Iporanga até este ponto são aproximadamente dez Kilometros em estrada de terra, que em alguns trechos possui pitorescas pontes de madeira para passagem de veículos.

A partir daqui segue-se por uma bela trilha que margeia o Rio Maximiniano chegando depois de uma longa caminhada até a Caverna Casa de Pedra.

Pela trilha encontram-se exemplares típicos da Mata Atlântica tais como Figueiras, Bromélias, Paus-Brasis e Perobas.

Imediações

O PETAR é na verdade apenas um pedaço de todo o Ecosistema do Vale do Ribeira que situado numa região privilegiada em termos de relevo e vegetação possui ainda muitas outras cavernas e atrações naturais fora dos limites do parque.

As cavernas se espalham num raio de 70Km do centro do parque, existindo muitas delas fora do PETAR, tal como a famosa Caverna do Diabo a cerca de 30Km da cidade de Iporanga.

Já mais próximo das fronteiras do parque podemos encontrar a Caverna Laje Branca, o Mirante e outras atrações.

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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