Curtindo o Naturismo com tranquilidade

Para entrar no espírito da coisa, só mesmo tirando a roupa e vivendo a experiência. Na Praia do Pinho, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, quem precisar de um artifício etílico pode tomar uma cervejinha no restaurante, a área de adaptação do lugar. A praia, belíssima, é cercada por costões e afastada da rodovia. Mesmo assim, não está imune das espiadelas dos voyeurs de ocasião. Mas os pelados nem ligam. Eles só têm uma exigência: pisou na areia, sungas e biquínis de fora.

A Praia do Pinho é dividida em duas partes. A porção esquerda fica restrita aos homens solteiros, e a direita, às mulheres solteiras, aos casais e às famílias. Os frequentadores dizem que, a priori, ninguém está ali com segundas intenções, mas que “é sempre bom prevenir. Caso algum rapaz fique um pouco mais animado”, é encaminhado para as águas frias do mar. A praia começou a ser frequentada por naturistas na década de 80. Em 1983, o então secretário de Turismo da cidade, achava que ela podia virar um point turístico.

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Com um jornalista da extinta revista Manchete, levou um grupo de dançarinas de uma casa de shows local para serem fotografadas nuas. A matéria “Balneário Camboriú: todo mundo nu” foi um sucesso. Mais de vinte verões depois, a praia continua muito disputada. No Carnaval, recebe mil veículos por dia.

Mas é na Paraíba que está a praia de nudismo mais famosa – e uma das mais bonitas, por sinal – do país: Tambaba. Quem resolve ficar pelado por lá encontra mata, falésias, pedras, mar esverdeado e piscinas naturais.

Uma placa avisa sobre os códigos éticos da sociedade naturista do lugar:

1) só entram pessoas nuas;
2) proibidos sexo, fotografar, filmar;
3) proibida a entrada de pessoas desacompanhadas e casais gays.

Na praia, famílias, crianças, vovós, todos bem à vontade na areia, no mar ou no bar, tomando uma água de coco (os garçons, por questões de higiene, são os únicos a usar sunga por lá).

Se a timidez bater, lembre da música do Ultraje a Rigor: ‘Que gostoso, sem disfarce, sem frescura, sem fantasia, que nem seu pai, sua mãe, seu avô, sua tia… Pelado, pelado, nu com a mão no bolso, nu, nu, nu, nu, nu!’”.

Fonte: ViajeAqui.com.br