Desmamando na Caminhada ao Pico do Itajuru, em Muriaé – MG





Relato do Desmame na caminhada do Pico do Itajurú (MG) realizada no mês de Julho, nos dias 12 e 13 de 2008 pelo Grupo de Aventureiros. E logo na ida…

Tudo começa na madrugada de 12/07/08 as 24:00H com uma chuva forte, eu estava gostando da chuva, pois, precisávamos passar por situações de perrengue no grupo por haver integrantes de 1º viagem, só assim “peneramos” quem realmente quer esse tipo de vida.

Bom, o perrengue que estávamos esperando começou a parar já na saída para rodoviária as 6:00H da manhã de 12/07/08, pois não chovia mais. Lá embarcamos no ônibus, “se assim pode dizer”, um ônibus com +/-40 lugares e com um apelido de “quinder-ovo”, começamos a imaginar quando começasse a entrar gente durante o caminho. E não deu outra, a situação só foi piorando e tivemos que trocar por um ônibus maior, onde todos nós do GMMUR compostos naquele momento por 10 pessoas, desembarcamos no Distrito de Belisário do Município de Muriaé-MG. Em Belisário conhecemos a família de uns dos integrantes do Grupo chamado Joaquim, ou melhor dizendo “Gnomo”, o próprio nome já diz rss.. a casa dos avós dele era simples e honrava o apelido, pois tudo era proporcionalmente do tamanho deles rss…! Depois de um desjejum bem reforçado (pelo menos no meu caso q comi muito) e ter bebido um café adocicado com cana de açúcar, (que por sinal uma delicia), partimos para pegarmos uma Toyota-Bandeirante, que nos levaria até as proximidades do Parque Estadual do Extremo Sul da Serra do Brigadeiro, onde localiza-se o Pico do Itajurú com aproximadamente 1600m de altitude IBGE – 2008.

Começamos a subida por volta das 10:45H, com o tempo bom. A partir daí a trilha é bem fácil de seguir. Durante a subida tiramos muitas fotos e tivemos alguns pontos de parada, pois a subida com as mochilas cargueiras não é fácil, a trilha não tem erro, pois a trilha da largura de um carro foi aberta passando por dentro mata nativa com uma serie de Biodiversidades, mais isso não vem ao caso. Na subida quando saímos do absurdo da trilha que abriram, para uma trilha mais fechada em direção a um local muito bonito e com um riacho ótimo para abastecer as caraminholas, conhecido como “Salão das Águas”, local muito bom para camping, porém só em época de seca e sem chuva abundante, pois, o local fica próximo a um riacho com riscos de tromba d’água durante tempestades, fora isso muito bonito, logo após outro local conhecido como “Palácio das Árvores”, outro local bom para o camping!! De lá, continuamos realmente a subida, atrasamos um pouco pois fizemos muitas paradas, por isso, logo se ve, que o grupo precisa de muito preparo para garantirmos uma boa caminha em bom tempo!

Por volta das 11:30H saímos do Salão das Águas e começamos a subir realmente o Pico. Com o grupo no rítimo do mais lento avistamos uma “vaca”, isso mesmo uma VACA, que deixou todos com inveja, pois estava ela no momento, no lugar mais alto que a gente no topo de um morro ao lado do que estávamos (parecia até aqueles quadro de sítios com uma casinha uma chaminé e uma vaquinha, porém uma vaquinha “Montanhista”rss..); os pássaros eram outra atração um mais bonito que o outro, onde também foi um grande atraso do grupo em ficar parando para tirar fotos. Depois de alguns puxões de orelha do mestre (Silverinho – “Vei doido” ahah..) o grupo centralizou mais na subida, pois já avistávamos uma passagem de alto risco até o cume, onde saímos da mata de encosta e começávamos a ganhar os campos de altitude com sua vegetação própria, ou seja, mais afrente avistávamos uma escalaminhada talvez o ponto mais técnico da trilha e mais complicado de subir com as cargueiras e isso era só o início para que alguns superasse medos e se surpreendessem com boas atitudes de companheiros, isso mesmo COMPANHEIROS!!

E não deu outra!!

No ponto mais crítico da escalaminhada, onde teríamos errado o caminho em direção ao cume, o erro seria um caminho feito dias anteriores por uma tromba d’agua, onde o nosso companheiro Jhony-Meleca travou e começou a escorregar, eu por estar mais próximo dele corri e segurei-o por um braço logo o companheiro Marquin-Zoreia que estava mais a cima largou sua cargueira e desceu numa velocidade impressionante para retirar a mochila do Jhony e ajuda-lo a subir juntamente com o Mestre que também saiu em disparada ladeira a cima para ajudar o companheiro Jhony-meleca, seria o 1º susto de mais outro que estava por vim (ahah…adorooo suspense!!) .

Finalmente chegávamos ao cume do Pico do Itajurú com seus 1600 m de altitude a 13:00H da tarde de sábado. Lá em cima descansamos e começamos a montagem das barracas. Ligamos o rádio, pois não sitei, estávamos esperando mais 3 companheiros que ficara de partir mais tarde, o Andorson (o guru da turma..), o Pedrão e sua namorada. O Anderson com todo sua experiência e preparo chegou as 15:15 da tarde cheio de energia e com uma meta de apenas 2:00 de subida, lembrando que começamos a subir as 9:45 e chegamos por volta da 13:00.

Mais tranquilos e folgados e com o achar que os outros dois companheiros (Pedrão e sua Namorada Lais) não iriam mais chegar, pois a hora já não permitia partir lá de baixo e chegar ao cume antes do sol se por, (não é aconselhável fazer essa caminha a noite no pico do Itajuru, mesmo que a pessoa conhecia o caminho). Outras pessoas pessoas que lá estavam (que por sinal um deles era irmão do Pedrão), haviam falado que eles estavam rumo ao cume do pico e que eles tinham passado por eles, assustamos pois ninguém tinha falado nada e o próprio irmão dele estava tranquilo, (nessa hora que vemos a irresponsabilidade de pessoas que acham que tem uma barraca e um saco de dormir de poderem irem à lugares a fora e achar que estam preparados a qualquer situações, ERRADO!

Na mesma hora nos organizamos, onde o Anderson, Zoreia, Renan e Vei-Doido, partiram para o resgate bem equipados e o resto do grupo ficou em cima para qualquer eventual problema. Quando eles desceram já não se enchergavam dois palmos a frente, por conta da neblina e escuridão, as lanternas mais atrapalhavam que ajudavam (adoro suspense ..ahah), quando o grupo de resgate apagaram as lanternas para poder ver melhor, não deu outro , avistaram um feixe de luz dando sinal que tinham alguem por perto, logo o grupo encontraram os dois casal (Pedrão sua namorada Lais), e foram conduzidos ao topo em segurança. Pedrão para não deixa sua namorada sentir frio teria dado seu anorak à ela, ficando só de camiseta, outra irresponsabilidade dos dois em terem trago apenas um anorak num frio de -1, mais tudo entrou nos eixos tirando algumas pertubações, coisa que não deveriam acontecer num grupo de montanhistas..ou melhor dizem estamos longe de sermos um grupo de montanhistas com tantos erros, É UMA PENA, MAIS É VERDADE!!! Fora isso, a manhã do dia 13/07/08 foi de “arromba”, apreciamos o nascer do sol magnifico e logo partimos de volta percorrendo 18 km até o Distrito de Belisário. FIM

Agradecimentos:

Aos companheiros da GMMUR, a República da Cachaça, ao IEF, aos paraibas e todos aqueles que estam me apoiando na minha jornada especialmente a esse site que da oportunidades como essa.

Autor: Fausto Ferraz.
E-mail: fausto.ferraz@gmail.com
Cidade/UF: Muriaé – MG

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Mauricio Oliveira: Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

Ver Comentários (2)

  • Boa noite, acabei de ler esse artigo sobre o Pico do Itajuru em Muriaé - MG. Ótimo texto, acabou despertando o meu interesse em conhecer o local, pois tenho 27 e moro a vida toda em Carangola, cidade vizinha e nunca ouvi falar nesse pico, acho que ele fica ofuscado pelo Pico da Bandeira em Alto Caparaó onde eu já subi umas 5 vezes hehehehe.

    Um grande abraço e continue com o bom trabalho, até mais.

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