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Equipamentos usados na escalada

Separamos aqui alguns dos equipamento utilizados para a prática da escalada. Confira logo abaixo e caso esteja faltando algum, mande-nos um email.

Para escalada em rocha de proteção fixa

Corda Dinâmica: Cordas dinâmicas são cordas especiais feitas principalmente para suportar a queda de um escalador de forma mais suave. Sua construção lhe permite um certo grau de elongação que a faz funcionar como um amortecedor que diminui a força de impacto resultante sobre o corpo do escalador, sobre as ancoragens e por último sobre o segurador, evitando que este queime as mãos ao tentar freiar a queda do guia.

São constituídas de uma capa entrelaçada, que serve para proteger a corda da abrasão da rocha, e de uma alma, composta de vários feixes contínuos de fibras, de formato espiralado, e que servem para absorver o impacto. A principal característica que deve ser observada em uma corda é a sua força de impacto, medida que dá o grau de suavidade da queda. Outros fatores importantes são a sua durabilidade, resistência prolongada a quedas, e a sua maleabilidade, para facilitar o trabalho do guia e do segurador.

Existem vários modelos e vários diâmetros, de acordo com o tipo de utilização que se faz necessária. As cordas merecem cuidado especial pois trata-se de material têxtil que pode se romper. Uma verificação constante de seu estado é uma operação fundamental.

Cadeirinha (Baudrier): É um item básico e essencial numa escalada. Trata-se de um suporte para o corpo do escalador, que é composto de um cinturão e de duas alças para as pernas, todos interligados para melhorar a sustentação do corpo. É onde o escalador amarra a corda de escalada, fixa o aparelho de rappel e segurança e também a solteira. São feitas de fitas de nylon reforçadas e seu desenho varia de acordo com a aplicação e o fabricante.

Cadeirinhas para escaladas longas possuem acolchoamento e ajuste para as pernas, o objetivo é dar mais conforto ao escalador que passará várias horas dependurado a ela. Também servem para apoiar equipamentos através de um conjunto de alças rígidas que circundam o lado externo do cinturão.

Sempre que se utiliza uma cadeirinha deve-se dar atenção redobrada a fivela, que deve estar bem fechada para evitar abertura inadvertida e possíveis acidentes fatais.

Capacete: Os capacetes de escalada são feitos para proteger a cabeça do escalador do impacto de qualquer coisa que caia de cima, em geral pedras, ou caso este venha a sofrer uma queda e bater com a cabeça na parede.

Sapatilha: Calçados de rocha são feitos para aumentar o apoio dos pés sobre pequenas saliências da rocha. Isto é possível graças ao desenho desses calçados(sempre bastante justos aos pés) o que aumenta a sua precisão no contato com a rocha, e principalmente ao seu solado, de borracha super aderente.

Possuem desenho especial para proteger as áreas mais sensíveis, e também para não se tornar um incomodo ao escalador durante sua jornada rocha acima. É um item essencial em qualquer escalada.

Mosquetões: O mosquetão é um item básico, que possui inúmeras aplicações numa escalada. Funciona como elemento de ligação, ou elo, entre vários sistemas, dependendo da aplicação. Também são utilizados como passadores de corda (costuras) durante uma escalada guiada. Existem vários modelos, de acordo com sua utilização. Podemos enumerar alguns;

Mosquetão D com trava: é o modelo mais simples, é basicamente utilizado para fazer ligações. A trava impede que se abra de forma inadvertida, evitando um possível acidente.

Mosquetão Pera: também conhecido como mosquetão de base, possui este nome por causa de seu formato com uma base larga e arredondada. Em geral seu gatilho possui trava e é utilizado como mosquetão de base em paradas durante uma escalada ou em conjunto com freios do tipo tubo ou plaqueta.

Mosquetão com gatilho curvo: são mosquetões especiais sem trava com uma finalidade bastante específica: servirem como passadores da corda do escalador que esta guiando uma cordada. Seu gatilho é curvado para facilitar o trabalho de clipagem (passar a corca para dentro do mosquetão) do guia. São utilizados em costuras que são um conjunto de mosquetão de gatilho curvo para passar a corda, alça de fita e mosquetão de gatilho reto para fixar numa ancoragem da rocha.

Ascenders: Dipositivo usado para se fazer a ascensão através de uma corda durante uma escalada de conquista ou BigWall, onde seu uso é mais comum. Também podem ser utilizados em sistemas de içamento de equipamento ou em operações de resgate em abismos.

Existem várias marcas e modelos mas todos funcionam basicamente através do princípio de estrangulamento da corda. Isto é feito através de um sistema blocante que permite que a corda passe num sentido e fique travada se passada no sentido contrário. Em geral são utilizados aos pares e presos a estribos para o apoio dos pés que, em movimentos alternados, permitem a progressão pela corda. Alguns modelos podem ser utilizados em cadeirinhas peitorais.

Freio ATC: São dispositivos que possuem em geral duas funções básicas: como aparelho de segurança, onde o segurador (segundo escalador) controla a quantidade de corda entre ele e o guia da cordada e pode facilmente frear uma queda do guia com um simples movimento, e também como aparelho de rappel (nem todos os modelos).

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Existem vários modelos que funcionam de formas distintas, mas todos possuem a mesma finalidade básica que é travar uma queda. O modelo mais comum é o freio oito. Existem também as plaquetas e tubos que são utilizados em conjunto com um mosquetão tipo Pera, e a última tendência são os freios auto blocantes, que travam por si só em caso de queda.O líder deste segmento é o Grigri, da Petzl, um dispositivo bastante seguro mas que possui alguns inconvenientes: é bem mais pesado que os outros, não serve para rappel em cordas duplas e seu uso não é muito simples.

Friends e Camalots: Seu nome oficial é SLCD (Spring Loaded Caming Device) dispositivo de expansão por pressão de mola. É um dispositivo bastante engenhoso útil na montagem de ancoragens móveis em sistemas de fendas, normalmente encontradas em rochas.

Seu corpo é composto de quatro ou três abas paralelas e com desenho curvilíneo (cams) dispostas sobre um mesmo eixo de rotação e mantidas abertas por um sistema de molas, um eixo central (rígido ou flexível, simples ou duplo, dependendo do modelo e fabricante) perpendicular ao eixo de rotação, onde é aplicada a tração, e um gatilho que serve para o controle da expansão das abas.

Para ser utilizado, puxa-se o gatilho para trás e suas abas são contraídas. Ao se posicionar corretamente dentro de uma fenda solta-se o gatilho e suas abas se expandem até que estejam em pleno contato com a rocha. Quando se aplica uma força sobre o eixo principal em seu sentido as abas tendem a abrir mais aumentando a força de contato com a rocha e ficando mais firmes.

Estes dispositivos podem ser utilizados tanto para proteção como para apoio de ascensão em escaladas de progressão em artificial. Em geral são utilizados em jogos de vários tamanhos, dependendo da espessura da fenda. Dependendo do modelo e do fabricante, é possível encontrar friends que se adaptam a fendas de espessuras que vão desde 0,5cm até 25cm.

Martelete Perfurador 11225 da BOSCH: Normalmente se costuma utilizar talhadeiras manuais para se fazer perfuração na rocha, seja para colocação de ancoragens fixas, os chamados grampos de rocha, ou para fazer buracos para sustentação dos ganchos para rocha. Este é um trabalho demorado e bastante desgastante que consome maior parte do tempo e da energia de um escalador durante uma conquista.

Quando há necessidade de se ganhar tempo numa conquista é comum recorrer as furadeiras a bateria, uma solução bastante rápida e eficiente que agiliza bastante o processo de perfuração da rocha.

Para esta escalada, devido a necessidade de economia de tempo, decidimos levar um Martelete Perfurador 11225 da BOSCH, uma furadeira a bateria com autonomia para 15 furos na rocha, que pode representar uma economia de até sete horas de no trabalho de perfuração. Com certeza ferramenta será um excelente reforço para a equipe e contribuirá em grande parte para o sucesso da escalada.

Daisy Chain: Trata-se de uma alça de fita costurada com pequenas alças de suporte. É um acessório bastante versátil durante uma escalada, pois pode ser utilizado para organização de equipamentos em suas alças, mas seu principal uso é como alça solteira em conjunto com os estribos, pois permite ajuste mais simples a medida que o escalador progrida através dos estribos.

Estribos: São verdadeiras escadas com degraus alternados que servem basicamente para serem fixadas em algum dispositivo de apoio na rocha (grampos, clifs, nuts, friends etc) e para a ascenção do escalador.

Em geral utiliza-se um par que vai sendo alternado na progressão entre pontos de apoio na rocha. Muito utilizado em conquistas e vias de escalada em progressão artificial. Existem vários modelos, porém os mais comuns são feitos com fitas reforçadas de nylon.

Nuts: São pequenas cunhas metálicas, presas em alças de cabo de aço ou em alças de cordeletes feitos de material mais resistente como o Kevlar, que funcionam como dispositivos de ancoragem móvel em rocha.

Seu principio de funcionamento é simples: são fixadas por entalamento em constrições de fendas em rochas. Em geral utiliza-se um jogo de peças com vários tamanhos que permitam o ajuste adequado as várias espessuras de fendas. Seu tamanho varia desde 3mm até 10cm, dependendo do modelo e fabricante.

Pitons: Também conhecidos como grampos de fendas, são cunhas metálicas com alça para fixação de mosquetão ou fita. Estes dispositivos de ancoragem são amplamente utilizados em escaladas de progressão artificial.

Existem várias marcas e modelos, de várias espessuras e comprimentos, mas todos funcionam a partir do mesmo princípio, para entalamento em fendas de espessuras que vão do milimétrico (com os minipitons) até fendas mais largas. São colocadas através de marretadas o que muitas vezes ocasiona ruptura da rocha.

Cheville: Os cheviles são pequenos cilindros chumbadores, com rosca interna e com uma base dentada, que servem basicamente para perfuração da rocha e para fixação de proteções fixas.

Antes de ser utilizado, um chevile deve ser rosqueado a ponta de um batedor para que este funcione como uma broca, a golpes de marreta.

Cliffs: ganchos metálicos que servem para apoio sobre saliências da rocha ou sobre pequenos buracos perfurados com talhadeiras. Existem vários tamanhos e modelos, dependendo do uso que se faz. São amplamente utilizados em escaladas onde há necessidade de progressão em artificial.

Haul Bag: É uma grande bolsa super reforçada, própria para suportar o contato com a rocha abrasiva. Com seu desenho cilíndrico, é utilizada no içamento de todo o equipamento e víveres dos escaladores durante uma conquista.

Em geral possuem alças de mochila para que possam ser carregadas com conforto durante as caminhadas de aproximação às bases das vias de escalada.

Marreta: São marretas com desenho especial que servem para ajudar na colocação ou extração de grampos de fendas, os pitons, ou na perfuração da rocha com talhadeiras. Possuem um cabo para que fiquem penduradas e não se percam em uma eventual queda.

Pecker: Trata-se de um minipiton para fendas realmente muito finas e rasas (com pouca profundidade) que normalmente não suportaria um piton normal, mesmo os mais finos. Seu fabricante é a Black Diamond.

Polia: As polias são muito utilizadas em escaladas para facilitar o trabalho de içagem de equipamento ou dos haull bags. Também podem ser úteis em operações de resgate ou para transporte em tirolesas, dependendo do modelo. Existem vários tamanhos e modelos, de acordo com o uso.

RURP: Trata-se de um minipiton para fendas realmente muito finas e rasas (com pouca profundidade) que normalmente não suportaria um piton normal, mesmo os mais finos. Vem com uma pequena alça para ajudar em sua fixação. É fabricado pela Black Diamond.

Talhadeira: Dispositivo composto de um punho de aço, revestido de espuma ou borracha, e um adaptador para brocas de aço, que podem variar de espessura de acordo com a necessidade. É utilizado para fazer perfuração da rocha, para confecção de buracos de cliff ou colocação de grampos. As brocas mais utilizadas são as de ¼ e ½ polegadas.

Mais Informações

  • Observar sempre os croquis das vias e conferir o material aconselhado pelo guia para se fazer à via!!!
  • Planeje cuidadosa e antecipadamente a sua escalada. Informe-se sobre as condições de clima do lugar no momento previsto para a escalada!!!
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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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