Como inovar é preciso, vou estrear esta coluna me despedindo. A gíria do momento expressa com clareza o que quero dizer: – FUI!!!! Mas não sem antes compartilhar nosso ambicioso (no objetivo) e conservador (nas estimativas) plano rumo a mais um dos famosos 7 cumes.
Depois do Aconcágua (6962m) Invernal – tema da próxima coluna – e por coerência, digamos, “térmica”, embarcaremos para o Alasca atrás da montanha conhecida como a montanha mais fria do mundo. DENALI ou Mount McKinley, com seus 6194m de altitude, é a montanha mais alta do continente Norte-Americano e está situada a apenas 390 quilômetros do circulo polar ártico.
Eis aqui a nossa “paradoxial” estratégia. E como todo bom plano, ele provavelmente não será executado como planejado.
O Plano
16/5 – Sairemos do Rio de Janeiro, eu (Roman) e o Clayton, de São Paulo, sairão a Ana e o Edu, de Quito – Ecuador sai o Pepe. O Andrew, já nos EUA, só embarcará no dia seguinte.
17/5 – Depois de uma escala em Atlanta, onde eu e o Clayton encontraremos a Ana e o Edu, nos reuniremos todos em Seattle rumo a Anchorage já no Alasca, completando uma “pequena” viagem de mais de 30 horas até, literalmente, o outro lado do mundo.
18/5 e 19/5 – Estão reservados para ajustes de logística, compras de alimentos, combustível, equipamentos e, é claro, para as compras finais (aquelas pertencentes à uma infindável lista de “esquecidos”). Ao entardecer do segundo dia, pegaremos um ônibus para a bucólica cidadezinha de Talkeetna, já na entrada do parque Denali.
20/5 – Às 9:00 a.m. temos nosso encontro com os guardas-parque para os trâmites burocráticos, permissos de escalada, aconselhamentos e coletas de informações da temporada 2007. Se o tempo permitir, no fim do dia voaremos para o Glaciar Kahiltna, onde montaremos o Campo-Base, a 2160m de altitude e a 90Km de Talkeetna.
21/5 – Um pouco de aclimatação e revisão dos conceitos básicos (e práticos) de travessia em glaciar, auto-resgate e resgate em gretas não fazem mal a ninguém.
22/5 – Agora sim!!!! Subida a Ski Hill (2400m) para montagem do Campo 1. Pouco ganho em altitude, mas sofridos 9 quilometros de caminhado sobre o gelo, com quase 60 quilos distribuídos entre a mochila e o nosso novo amigo trenó. O equivalente a 4 “pessoinhas” como a minha pequena bambina.
23/5 – Continuando o processo de aclimatação, carregaremos parte das cargas, atividade conhecida como porteio, por mais outros interessantes 8 quilometros até o local onde será o acampamento 2, conhecido como Kahiltna Pass, a 2970m. Voltaremos para dormir em Ski Hill. Esse sobe e desce deve consumir umas boas 8 a 10 horas.
24/5 – Carregando o restante dos equipamentos, regressaremos para Kahiltna Pass e dormiremos por lá.
25/5 – Aproveitando o embalo do dia anterior, estabeleceremos o acampamento 3 a 3300m, depois de pouco mais de 2,5 quilometros de “hiking”.
26/5 – Dia livre!! De acordo como o bom e velho “portunhol”, dia de “rascar las pelotas” e aproveitar para o famoso banho de gato, com lenços humidecidos (se a temperatura permitir).
27/5 – De volta à labuta, portearemos parte dos equipamentos e mantimentos para o local do próximo acampamento, Medical Camp, a 4260m. Seguindo a bem-sucedida estratégia de aclimatação conhecida como “climb high, sleep low” regressaremos ao Campo 3, depois de quase 9 Km de translados.
28/5 – Carregando o restante dos mantimentos, subiremos novamente até o Campo 4.
29/5 – A altitude restringe a capacidade de recuperação do corpo humano, assim, merecido descanço.
30/5 – Mais um dia de porteio, desta vez abastecendo o que será o nosso último acampamento, Campo 5 (5160m), conhecido como 17.000 feet Camp (dada a sua altitude marcada em pés no sistema norte-americano). Retornaremos ao Campo 4 depois de mais de 900m de ganho em altitude, 3,5 Km de percurso e escalado um dos trechos mais inclinados e expostos da West Butress.
31/5 – Embora seja uma Quinta-Feira, esse dia terá a cara de um Domingo, “rascando las pelotas”.
1/6 – Escalando novamente até o Campo 5 e preparando psicologicamente para o ataque ao cume.
2 a 5/6 – SUMMIT DAYS!!! Essa é a nossa janela de cume e, com sorte, uma boa janela de bom tempo. Embora alguns acreditem que “só o cume interessa”, a distância de 6,5 Km e a diferença em altitude de mais de 1000m aliadas às condições metereológicas, físicas e psicológicas vão determinar a viabilidade de seguirmos adiante. TORÇAM POR NÓS!!!
6/6 – Como para baixo todo santo ajuda, voltaremos ao Campo 3 (3300m) para uma noite de “bom” sono e oxigênio abundante.
7/6 – Retorno ao Campo-Base e se possível vôo para Talkeetna. Afinal, está passando da hora de um banho descente.
E isso aí amigos, esse é o plano. Vamos ver o que a Mãe Natureza nos reserva…
“…Sonho sem ação é alucinação…”
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Um abraço a todos e até a volta.
Autor: Roman Romancini
E-mail: roman@trilhaseaventuras.com.br
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