Para estrear minha participação como colaboradora do Trilhas e Aventuras decidi falar sobre uma das minhas cidades preferidas no mundo, Bariloche. A queridinha dos brasileiros no que diz respeito a férias de inverno é realmente encantadora. De arquitetura alemã e rodeada por lagos e montanhas nevadas, a pequena cidade da Patagônia argentina deixa muito viajante experiente de queixo caído.
Além de belas paisagens, Bariloche também oferece muitas atividades e em diferentes épocas do ano, além de uma boa infraestrutura de hotéis, restaurantes e agências de viagem.
Então, se você está planejando uma viagem para nossa vizinha argentina, coloque San Carlos de Bariloche na sua lista de destinos e acompanhe as dicas abaixo.
Quando ir
Bariloche é muito famosa e cobiçada por nós brasileiros quando se trata da sua temporada de inverno, já que a cidade possui uma infinidade de passeios e atividades de neve, desde o tradicional esqui até passeios noturnos com motos de neve, e também é dona da maior estação de esqui da América do Sul, o Cerro Catedral.
Para conhecer Bariloche nessa época do ano você deve programar sua viagem para os meses de julho, agosto ou setembro, mas o fim de julho e início de agosto são sempre as épocas com maior quantidade de neve. Algumas pessoas se arriscam em ir no fim de junho ou início de outubro, por conta dos preços mais atrativos e promoções de passagens aéreas, mas existe um grande risco de não haver neve suficiente nas montanhas e você perder a oportunidade de fazer vários passeios legais.
Com relação ao verão, a cidade fica ainda mais cheia de turistas que no inverno, porém, a maioria são visitantes europeus ou os próprios argentinos, que fogem das grandes cidades para fazerem atividades de montanha ou para aproveitar das atividades e passeios lacustres pelo lindo lago Nahuel Huapi. O verão em Bariloche se inicia em dezembro e as temperaturas começam a baixar no fim de fevereiro.
Como chegar
As passagens saindo de São Paulo com destino a Bariloche custam aproximadamente R$1800,00, com todas as taxas incluídas e na maioria dos casos com conexão em Buenos Aires.
Uma dica importante sobre a conexão em Buenos Aires se refere a troca de aeroporto, caso seja necessário trasladar-se é melhor que o intervalo entre um vôo e outro seja bem grande, porque o trajeto entre Ezeiza e Aeroparque, é de aproximadamente 1 hora, além do tempo necessário para passar pela imigração e fazer check in.
Como se locomover
Locomover-se em Bariloche não é tarefa complicada, principalmente para quem está hospedado no centro da cidade, onde é mais fácil encontrar um ponto de ônibus ou táxi, principalmente na rua Moreno.
Os ônibus que levam as principais atrações da cidade passam em média a cada 20 minutos e só pode ser pago com um cartão Sube, que pode ser comprado e recarregado em qualquer quiosque, os mercadinhos argentinos. O problema é conseguir entrar nos ônibus, já que a cidade está repleta de viajantes e a frota nunca parece suficiente.
Caso você queira um pouco mais de conforto e agilidade é possível chamar um remis, uma espécie de táxi com o preço da corrida fixo, o que também evita que taxistas de má fé enganem turistas.
E também existem os transfers, que são vans que já vêm contratadas com os passeios nas agências de viagem.
Por fim, o aluguel de carros, que não é uma opção muito econômica mas que dá muito mais conforto e liberdade para sua viagem. Mas deixo aqui um alerta importante com relação a transporte durante a temporada de inverno de Bariloche, muitos veículos não conseguem subir a determinados pontos turísticos por conta da quantidade de gelo e do terreno acidentado de alguns trajetos, aí, só com carros 4×4 das agências de viagem mesmo.
Que moeda levar
Como Bariloche é uma cidade bastante preparada para o turismo e principalmente para o turismo brasileiro, levar reais para serem trocados em casa de câmbio ou mesmo para comprar no comércio local não é um problema, assim não é necessário trocar o dinheiro duas vezes.
Caso você faça uma paradinha em Buenos Aires antes de ir a Bariloche, troque seus reais na capital argentina, os preços do câmbio por lá são um pouco melhores.
Onde se hospedar
Hospedagem em Bariloche é o que não falta, a cidade oferece desde hostels para mochileiros a hotéis 5 estrelas super luxuosos, passando por pousadinhas e cabaninhas aconchegantes e tranquilas.
Para quem busca hostels e pousadas existem muitas no centro da cidade com bom custo benefício, para quem quer um pouco mais de conforto e até mesmo luxo também existe grande variedade de hotéis, principalmente na avenida Bustillos. Não deixe de reservar com antecedência, principalmente se você vai conhecer Bariloche no verão.
O que fazer em Bariloche: roteiro básico de 5 dias
Dia 1: Circuito Chico e Cerro Campanário
O chamado Circuito Chico é o passeio básico para quem quer conhecer Bariloche. É possível fazer o passeio de bicicleta ou por meio de agência de viagem e além de ter acesso a miradores (mirantes) com uma vista privilegiada ainda tem uma parada no Cerro Campanário, que pode ser subido com teleférico ou a pé e possui uma das vistas mais lindas da cidade, imperdível!
Caso você se decida por fazer esse passeio com transfer e guias de alguma agência de viagem, organize-se para fazer outra atividade no mesmo dia pois o tour tem duração de apenas 3 horas. Caso faça de bicicleta, saia cedo do hotel e leve uma mochila com água, lanchinho e protetor solar.
Dia 2: Cerro Catedral
O Cerro Catedral é a principal estação de esqui de Bariloche e a maior da América do Sul. Para quem quer se aventurar em fazer esqui é possível contratar aulas e alugar equipamentos no próprio Cerro Catedral, mas no centro da cidade os preços são muito melhores. Quem não quer se arriscar tanto pode brincar e cair bastante na neve ou comprar uma pranchinha para fazer esquibunda.
Se você for visitar Bariloche fora da temporada de neve eu recomendaria, para os que gostam de trilhas e aventuras, fazer o trekking ao Refúgio Frey, o mais famoso e visitado da cidade e que tem início na base do Cerro Catedral.
Dia 3: Passeios lacustres
Bariloche foi construída ao redor do lindo lago Nahuel Huapi, e como não poderia deixar de ser, existem vários passeios de barco a serem feitos na cidade.
O mais tradicional é o passeio a Isla Victoria e Bosque de Arrayanes, é um passeio lindo e familiar e tem a peculiaridade de o Bosque de Arrayanes ser encontrado apenas nessa região e ter servido de inspiração para a floresta alaranjada do filme Bambi, da Disney. Outro passeio de barco muito famoso é o Puerto Blest e Cascada de los Cantaros, mas até mesmo um passeio em veleiro com direito a almoço e um guia contando as histórias e curiosidades de Bariloche e seu lago valem a pena.
Dia 4: Rota dos Sete Lagos
Passeio que pode ser feito tanto no verão quanto no inverno e percorre a estrada que liga as cidades de Bariloche a San Martin de los Andes. São 180km de belas paisagens, lagos, montanhas e miradores.
A rota dos Sete Lagos é a estrada mais famosa da Argentina e o passeio pode ser feito tanto por meio de agências de viagem quanto por conta própria, basta alugar um carro e ter um bom GPS.
Dia 5: Centro Cívico
Para o último dia em Bariloche recomendo um dia mais tranquilo, como uma visita ao Centro Cívico, a praça principal da cidade, e uma caminhada pela rua Mitre. Aproveite também para conhecer as famosas chocolaterias de Bariloche, em especial Rapa Nui e para comprar lembrancinhas e presentes.
Espero que este post seja útil no planejamento da viagem de vocês, caso tenham gostado, sigam-nos nas nossas redes sociais e acompanhem mais dicas sobre destinos ao redor do mundo.
Por Larissa Gomes
Email: gcs.larissa@gmail.com
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Ver Comentários (1)
Larisaaaa, agora que te vi por aqui ! rs
Como sempre, ótimos textos !!
Parabéns !
Grande Abraço