Felipe Sant’Ana Pereira, 21 anos, partiu para sua volta ao mundo, sozinho, aos 19. Durante a viagem, reuniu as entrevistas e retratos fotográficos que fazia com as crianças que cruzavam seu caminho, na intenção de redescobrir a juventude através das palavras e dos olhares delas. O material virou um livro, chamado “Jovem O Suficiente”, que será lançado no dia 23 de outubro em um projeto de financiamento coletivo pela plataforma Catarse, e que pode ser acessado neste link.
A narrativa foi escrita originalmente no formato de uma carta, dirigida ao melhor amigo do autor. “Percebi que todos ao meu redor envelheciam quando o meu melhor amigo decidiu desistir da viagem que sonhávamos em fazer juntos desde a infância, pra se isolar num lugar incomunicável e passar por um amadurecimento forçado”, Felipe conta. Foi aí que ele juntou os trocos que tinha e se mandou, começando pela Europa, onde passou 6 meses; passando pelo sul da Ásia, em pouco mais de um semestre; e fechando a viagem na América Central.
Como ele aguentou tanto tempo na estrada? “Tem gente que viaja por décadas e não se desmotiva”, Felipe explica. “Quando se tem um propósito claro, é fácil. O meu era o de aprender a me manter jovem, com aquilo que me ensinavam as crianças, e depois contar a experiência para meu melhor amigo, com quem fiquei sem falar por anos.”
Apesar de ter sido adotado por uma família de uma vila na Indonésia, onde praticamente morou durante um mês, o autor conta que passava grande parte do tempo sozinho. Foi o caso das trilhas de longa duração que fez no Nepal, na Guatemala e no Laos, onde chegava a passar dias sem topar com ninguém. “Pra ser sincero, eu bem que gostava de ficar sozinho”, ele admite. “Enxergava relacionamentos como agasalhos num dia de frio. Quanto mais tu tem, mais confortável fica, mas menos consegue te mexer. Solidão significa liberdade.”
Dentre as perguntas mais frequentes que recebe, Felipe cita a dúvida quanto a maneira pela qual ele abordava as crianças que entrevistava. Diz ter sempre contado com uma ajudinha do destino, que tratava de colocar em seu caminho as pessoas certas, na hora certa. “Houve entrevistas que eu fiz na Romênia, com crianças de rua, que foram mediadas por uma senhora que falava portunhol porque era fã de novelas latinas que passavam nos canais locais. Em outros casos eu aprendi o suficiente da língua local para me comunicar, como o dialeto sundanês, na Indonésia.”
A comunicação era um entrave ainda maior em situações de risco. Doente na Bulgária, e precisando passar por uma cirurgia de emergência, Felipe não entendia as placas escritas em caracteres cirílicos nos arredores do hospital que procurava, e não conseguia explicar o que sentia para ninguém. Não fosse a aparição de uma moça que tinha morado em Portugal, e que falava português, o brasileiro nem imagina o que poderia ter acontecido – e essa foi só uma das três vezes que chegou a pensar que não voltaria mais pra casa.
Galeria de Fotos da Viagem
Sobre o livro “Jovem o suficiente”
O projeto de financiamento coletivo para produzir o livro entra no ar na quarta-feira, dia 23 de outubro, pela plataforma brasileira Catarse, e fica aberto para ser apoiado até dia 21 de dezembro. Ele pode ser acessado neste link. Mais informações sobre o livro, como o vídeo de divulgação, algumas imagens, e recompensas disponíveis para apoiadores, podem ser conferidos na página do projeto. Além do livro em si, há a opção de se adquirir pôsteres de paisagens e retratos emoldurados.
Sobre o autor
Gaúcho radicado em São Paulo, Felipe Sant’Ana Pereira já completou metade do curso de Publicidade da ESPM-SP. Ganhador de mais de vinte concursos culturais durante a adolescência – cujos prêmios financiaram a viagem que deu origem a esta obra -, co-produziu dois curta-metragens amadores, mas nunca publicou um livro. Atualmente, trabalha para reverter essa última condição.
Sobre financiamento coletivo
O financiamento coletivo (ou crowdfunding, em inglês) do livro “Jovem o suficiente” é uma modalidade de captação de recursos que elimina intermediários e aproxima a oferta da demanda, permitindo a realização de projetos artísticos e/ou de negócios que ainda não tenham atingido larga escala. Os apoiadores do projeto oferecem uma quantia em dinheiro em troca de uma recompensa. No entanto, o valor só é transferido para o autor do projeto caso a meta financeira estipulada por ele seja atingida (geralmente, a meta é um valor que cubra os custos de produção das recompensas em questão). Caso a meta não seja batida, a quantia não é debitada, ninguém perde dinheiro, e o projeto não sai do papel.
Por Felipe Sant’Ana Pereira
Email: [email protected]
Contato: (19) 9 8137-3161
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