A apenas 15 quilômetros da cidade de Cuenca, no Equador, na direção da paróquia de Tarquinia, um local idílico abriga um novo projeto que há muitos anos tem sido germinado e agora, graças à iniciativa e à determinação de seus criadores, começa a dar frutos. Trata-se do projeto “Kushi Wayra”, da comunidade Parcoloma.
Kushi Wayra, que em quíchua significa “Vento de Sorte”, emergiu com o sonho de um grupo de moradores de várias comunidades rurais em se expressar e oferecer uma experiência de vida a quem os visita. E, de fato, uma vez que os moradores de sete comunidades vizinhas se puseram a trabalhar, com a ajuda de organizações como o Ministerio de Agricultura, Ganadería, Acuacultura y Pesca (respectivamente, Agricultura, Pecuária, Aquicultura e Pesca), se iniciou um processo contínuo de formação e implementação de infraestrutura para o turismo comunitário na área.
Hoje o projeto Kushi Wayra apresenta uma excelente opção de turismo alternativo em Cuenca. Na visita, parte-se da comunidade de Parcoloma, onde foi instalado um pequeno centro de recepção que inclui sala de convivência, sala de jantar, dois quartos de alojamento (com capacidade para seis pessoas) e sauna. Depois de uma explicação dada pelo guia sobre a ancestral cultura Cañari e os costumes dos habitantes locais, começa uma viagem fantástica através da floresta e das montanhas localizadas a poucos metros do centro.
Conforme sobe a estrada, o visitante tem a oportunidade de descobrir alguns dos grandes segredos contidos na floresta: o conhecimento ancestral, passado de geração em geração, constitui uma sabedoria cósmica dos Andes, a que poucos sortudos têm acesso. O guia, por ser um nativo, naturalmente repassa aos turistas as chaves para compreender o enorme valor da floresta.
Passo a passo, são descobertas flores coloridas e plantas medicinais de todos os tipos, como a ingacuca, ingrediente de um chá excelente para restauração da energia natural; a vacacallu, que é preparada em uma infusão e resulta em um eficaz desinflamante renal; o urcupaqui, cujo suco é bom para inflamações intestinais; e a valeriana, que acalma os nervos e diminui os níveis de estresse.
Após cerca de 20 minutos a pé, chega-se ao topo, conhecido como Ricana Urcu (“Montanha Mirante“), onde há uma vista deslumbrante, que inclui as Montañas del Cajas, os limites naturais entre as províncias de Azuay e El Oro e da famosa colina Frances Urcu, em homenagem a um dos lugares onde os cientistas da Missão Geodésica Francesa, no século XVIII, ergueram um monumento que marcava um ponto de referência para as suas medições. Em Ricana Urcu estão localizados dois dos pontos mais importantes da floresta: Jambiñán, ou ‘O Caminho da Medicina’, e Jatunurcu. O primeiro é um lugar sagrado pelo qual os nativos nutriam profundo carinho e respeito por ser a fonte de plantas medicinais que ajudam a prevenir e lutar contra inúmeros males, enquanto o segundo é um temp lo natural que revigora a energia.
A vegetação que está acima dos 2,8 mil metros é repleta de muitos tipos de árvores e plantas nativas como o ganal, sarar (Weinmannia spp.), murta (Eugenia spp.), cedro (Cedrela spp.), amieiros (Alnus acuminata), e outras. Também há cerca de 150 espécies de plantas medicinais e variada fauna – veados, raposas, coelhos e pássaros.
Possivelmente uma das surpresas mais agradáveis que Kushi Wayra oferece aos visitantes em sua rota é o delicioso “Pampamesa“, forma tradicional de partilha de alimentos em comunidades rurais. Em uma toalha branca estendida na grama, distribui-se uma grande variedade de comidas típicas andinas como batatas, mellocos, feijão e inhame, como um agradecimento à “Pachamama” (Mãe Terra) e como uma maneira de retribuir os presentes que ela nos oferece.
Depois da refeição, o guia orienta os visitantes para o “Ingañán“, ou Trilha Inca, rota ancestral traçada nos tempos do império inca, conectando alguns de seus pontos mais importantes. A terra aqui tem algumas paisagens incríveis, que acalmam o espírito. No final da trilha, retorna-se para o centro de recepção, onde os visitantes podem desfrutar de uma apresentaçã o musical folclórica do grupo Kikintaquina com instrumentos como flauta, flautins, tambor, bombo, guitarra e acordeão. É possível também participar na produção de fios de lã de ovelha, ou conhecer alguns dos processos agrícolas da comunidade.
Os turistas têm a opção de passar a noite no lugar e ficar em camarotes no centro ou fazer campismo com tendas fornecidas pelos anfitriões. A experiência em Kushi Wayra é algo único: um encontro com a natureza, a história, a cultura e o espírito!
Mais informações:
– Duração do passeio com café da manhã e almoço: 6 horas
– Preço por pessoa: US$ 40, com transporte de ida e volta a partir de Cuenca, café da manhã típico e almoço Pampamesa.
Acesse: cuencaecuador.com.ec
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