O Caçador de Aventuras: Rapel no Edifício Itália

Quando falamos em São Paulo, e mais precisamente em pontos turísticos da cidade, vamos lembrar logo do Edifício Itália. Ele fica localizado no cruzamento das avenidas Ipiranga e São Luis e tem como principal atrativo o Terraço Itália, um famoso e tradicional restaurante que fica na cobertura do edifício e permite uma vista de 360 graus da cidade de São Paulo.

O Edifício Itália é considerado o segundo maior edifício do Brasil e foi inaugurado em 1965. Com 165 metros de altura, tornou-se um importante ponto turístico da capital. O prédio conta com 19 elevadores, 6 mil metros quadrados de vidro e tem capacidade para 10 mil pessoas.

Distribuídos entre os 46 andares do edifico, encontra-se também um teatro, uma galeria no térreo e o antigo clube Circolo Italiano, que hoje ocupa três andares. Projetado pelos arquitetos Franz Heep, Gio Ponti e Gregori Warchavchik, a idealização do edifício ficou a cargo da colônia italiana em São Paulo, cuja sede já se situava no terreno.

Ainda hoje, o Edifício Itália é considerado um dos maiores exemplos de arquitetura vertical do País. Bom, mas o que um caçador de aventuras estaria procurando em um dois maiores edifícios do país? Boa comida com certeza não era. Durante muito tempo percorri as ruas do centro de São Paulo, e claro que o Edifício Itália nunca fugiu dos meus olhares. Mesmo porque, não tem como. É uma imensidão de concreto, imponente e impressionante visto de baixo.

Tive a oportunidade de algumas vezes subir ao Terraço e apreciar a vista de São Paulo. Mas, um dia achei que seria muito interessante, ao invés de pegar o elevador pra descer seus 46 andares, descê-lo pelo lado de fora.

Idéia amadurecida era hora de concretizar. Pra isso precisava passar por uma outra aventura. A burocracia para a autorização, que só foi concedida depois da aprovação do Corpo de Bombeiros, que iria acompanhar toda a ação.

Menos mal, em todas as minhas aventuras a segurança nunca foi deixada de lado e sempre foi encarada como ponto crucial entre a vida e a morte. Chegado o grande dia, vou pro Edifício, no caminho é claro que ficava olhando de longe o edifício e imaginando como seria a aventura.

Na porta, já estava à viatura do Corpo de Bombeiros, com toda a equipe e uma pilha de materiais, entre cordas e equipamentos de escalada. Pegamos o elevador e começamos a subir, subir, subir, subir… até o 46º andar. Quando chegamos ao terraço, o dia ensolarado e limpo possibilitou uma vista deslumbrante da cidade.

Uma hora de preparativos e chegou o momento de ficar em pé na marquise, o ponto mais tenebroso. Nem preciso relatar qual a sensação de olhar para baixo, né?
Tudo pronto! Começou a descida.

Curiosidades:

• Força – O esforço no braço é bastante grande devido ao peso da corda.
• Dificuldade – O edifício, quase todo com persianas externa de metal, dificulta o apoio dos pés.
• Solidariedade – Durante a descida fui presenteado por copos de água, oferecido por pessoas que trabalhavam no edifício.
• Curiosidade – Em pleno dia de semana, no centro de São Paulo, o Corpo de Bombeiros presente e um maluco pendurado em uma corda do lado de fora do Edifício Itália, nem preciso dizer que juntou um monte de curiosos.

Resumindo, foi muito bom. Ver São Paulo pendurado em uma corda foi uma experiência gratificante e mais uma do Caçador de Aventuras.

Até a próxima!! Se cuidem e fiquem com Deus.

Autor: Lu Marini
E-mail: marini@flycomunicacao.com.br
Site: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=8836184025358070891

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