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O que fazer em Brotas – SP

Para quem gosta de esportes radicais e muito contato com a natureza, Brotas é a Capital Brasileira do Ecoturismo. Veja abaixo algumas sugestões e aproveite.

BOIA-CROSS

O que antes era apenas uma brincadeira dos “moleques de Brotas” se profissionalizou e virou esporte. Utilizando a velha câmara de ar, ou modernos e seguros equipamentos (boias revestidas de lona, coletes salva-vidas, capacete), esta atividade vem ganhando novos adeptos a cada dia.

Em outras cidades, o boia-cross sofre uma pequena variação e é chamado de acquaride, hoje uma modalidade disputada seriamente dentro dos limites da Associação Brasileira de Acquaride.

CAMPING

Centro Comunitário do Patrimônio de São Sebastião da Serra – Um camping ao lado da represa do rio Jacaré; f. 653-6148. Banheiro, pontos de luz e ampla área verde.

Hotel Estância Peraltas (Acampamento Peraltas) – Via SP 225, no Km 133,5. Tels: 3653-1191 e (11) 813-1900/816-3383. Acampamento recreativo com ótima infraestrutura para receber grupos de adultos ou crianças. Alojamento em chalés (20) ou apartamentos (22). Refeitório, haras, quadra poliesportiva, grande área para lazer e prática de esportes. Atendimento especial para escolas, grupos de empresas e famílias.

Camping & Lazer Jacaré – Na Chácara Santa Teresinha. Tem boa área para acampamento e também há aluguel de chalés. Possui 20 banheiros coletivos, pontos de luz, restaurante, piscina e churrasqueira. Tel.: 3653-1996 / 978-4330

CANYONING

O canyoning é a descida de um canyon, uma garganta profunda em encosta, usando várias técnicas verticais de transposição de obstáculos, como o rapel. Normalmente, a atividade é feita em uma só descida em um rio ou ribeirão com várias quedas. Já o cascading é o rapel em cachoeira, feito em uma só queda e que pode ser repetido.

São situações parecidas, mas emoções diferentes. No canyoning, o turista explora uma furna, que pode ser a do Cassorova, com as quedas Cassorova I e II e o Quatis, somando aí 300m horizontais e 100m verticais, ou a do Peixe, com as quedas dos Escravos (3m), duas quedas do Cipó (8m), Tabarana (40m) e D’Aninha (30m).

Já o cascading é ideal para quem está começando ou quer curtir mais a força da água batendo no corpo. Ou mesmo ver a paisagem lá de cima, de um outro ângulo, descendo até de ponta cabeça. Nesse caso, há a opção de uma cachoeira mais alta, a do Saltão, com 70m, onde são realizadas descidas em noite de lua cheia. Um espetáculo.

As opções mais comuns para o rapel em cachoeira são as quedas do Astor, da Figueira e da Roseira. Há muitas outras cachoeiras na região, portanto, se você já tiver experiência no assunto, consulte roteiros opcionais das operadoras.

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CAVALGADA

Percorrer campos a galope, entrar em ribeirões com cavalos e subir trilhas íngremes com esses portentosos animais para apreciar a vista de um imenso vale não é privilégio apenas de bons montadores. Não é de hoje que existem cavalgadas para leigos com roteiros para turismo rural, ecológico ou mesmo de aventura.

Em Brotas e região isso não é diferente. Montar em um cavalo e sair acompanhado de guias experientes e monitores é com certeza uma opção diferente para se conhecer os vales, riachos e morros que circundam a cidade. E nisso, as cavalgadas da Estância Serra da Cachoeira se tornam roteiros perfeitos para quem não entende nada de equinos ou para quem domina os puros-sangues. Os passeios tem quase três horas de duração e os instrutores locais (Beto e “Seu Véio”) sempre estão descobrindo roteiros novos. Há chances de na próxima temporada se ter um passeio com piquenique no meio da cavalgada ou um acampamento noturno.

Os programas são divididos em cavalgada Ecológica, Radical e da Lua Cheia. A única que merece mais atenção é a Radical que, como o próprio nome já diz, passa por trechos em que o cavaleiro deve ter mais habilidade. Os cavalos, muito fortes e bem treinados, saltam troncos e cursos d’água, entram em riachos com a água pelo peito, sobem trilhas íngremes sem vacilar e ainda galopam em trechos escolhidos pelos guias. Radical na essência da palavra.

Na cavalgada Ecológica, os turistas são levados a conhecer as proximidades da fazenda que circunda a Estância Serra da Cachoeira. O visitante percorre montado trechos de estrada de terra, trilhas em pastos, um belíssimo vale de lírios e um local onde brotam nascentes de um pequeno ribeirão.

Continuando a cavalgada, a tropa sobe por uma trilha íngreme em um morro de vegetação preservada. A força dos animais impressiona quem não sabe cavalgar. E a vista, quando se atinge o cume, após uns 15 minutos, é maravilhosa.

A cavalgada noturna, da Lua Cheia, é feita em parte no mesmo roteiro da ecológica, porém é mais curta. Para quem cavalgou com a lua cheia e ofuscante, redonda, há mais surpresas: chegando na Estância, a recepção é literalmente mágica, pois um caminho de velas e castiçais ilumina a chegada dos turistas, que são convidados a se confraternizar perto de uma fogueira ao som de um violeiro e vinho quente.

MOUNTAIN BIKE

Ainda pouco explorado em Brotas, o mountain biking ganha terreno e novas trilhas a cada temporada. A única operadora que leva os bikers para conhecerem as belezas naturais da região é a Mata’dentro. São três roteiros básicos e outros que podem ser acrescidos de mais aventura, como tirolesa, cascading, bóia-cross, rafting e trekking. Traduzindo, dá para se ficar o dia todo em atividade, metade pedalando e metade dentro do rio. Os roteiros incluem guias especializados, hidratação, lanches e apoio resgate.

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Cross Country da Cachoeira (leve): visita a cachoeira de Santa Maria com trechos de pastos, campos, estradas de terra e trilhas paralelas à mata nativa. Percurso de 21 quilômetros.

Cross Country da Cuesta (moderado): o destino é a subida do paredão da cuesta próxima à Fazenda Nova América, passando por trilhas, riachos e plantações de laranja. Percurso de 34 quilômetros.

Cross Country da Nascente (avançado): começa com trecho em asfalto, passa para cross country e depois um up hill bem forte na subida da cuesta. Os bikers passarão por lavouras de café e cana e trechos de mata nativa. O percurso conta também com travessia de ribeirões. O programa acaba com um almoço na Fazenda Tamanduá (Areia que Canta). Percurso de 47 quilômetros.

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RAFTING EM BROTAS

O rafting é praticado na segunda parte do RIO Jacaré – Pepira. São 9 km. de percurso, com 5 quedas de 1,5 a 3 metros de altura, e um trecho no qual se pode escorregar sobre as pedras até alcançar a correnteza. A travessia do rio, que tem nível de dificuldade 3 e 4, numa escala de 1 a 6, é feita em botes infláveis que acomodam de 4 a 6 pessoas, e tem a duração de 2 horas.

A melhor época do ano para a prática do rafting vai de novembro a maio. São oferecidos pacotes que incluem um curso rápido, colete salva-vidas, capacete, seguro, transporte do centro da cidade até a margem do rio e guia experiente.

As operadoras brotenses dividiram quase 20 quilômetros do rio Jacaré Pepira nos trechos “de cima”, “do meio” e “de baixo”. O mais conhecido e operado comercialmente é o “de baixo”, onde existem as melhores corredeiras e quedas, como a dos Três Saltos.

O “do meio” é mais preservado, com maior possibilidade de ver tucanos, capivaras, macacos, e veados. Já o “de cima” é bem calmo em qualquer época do ano, indicado para crianças e pessoas que curtem apenas conhecer a natureza sem “muita animação”. O Rafting Noturno, em dias de lua cheia, é feito um excelente programa desde que se tenha alguma experiência em descida de bote. É feito na parte comercial do rio. Somente a Mata’dentro, Canoar e Vias Naturais fazem esse programa.

O Floating é uma submodalidade do rafting, ultra-calmo, feito onde predomina o remanso (parte “de cima”). Fazem o floating a Canoar, Vias Naturais e Território Selvagem.

Já o roteiro mais longo (16 Km), dos trechos “do meio e de baixo” quem faz é a Canoar, que faz um verdadeiro piquenique com os turistas à margem do rio bem no meio da atividade.

Os ducks, assim chamados por terem um bico grande, mole e amarelo, como de um pato, são caiaques infláveis em que podem navegar com uma ou duas pessoas, com um remo de duas pás. Pode ser feito tanto na parte “de cima”, para iniciantes, quanto na parte “de baixo”, para intermediários. A Canoar opera as descidas de duck.

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TRILHAS E CACHOEIRAS

Caminhar pelas trilhas de Brotas pode ser tanto uma atividade relaxante, de encontro com a paz e apreciação da natureza, quanto uma empreitada de resistência, força e ousadia. Só depende do que o turista procura.

As trilhas de acesso mais fácil e menor tempo de caminhada podem ser encontradas nos próprios sítios ecológicos. Algumas operadoras, porém, elaboraram diferenciados para que os trekkers conheçam o que a região tem de melhor: ribeirões límpidos, mata preservada, animais silvestres e muitas, muitas cachoeiras.

A duração do programa pode variar de meio dia a dois dias andando. O percurso pode ter trechos em pastos, de caminhada na água, com subidas íngremes, em campos de plantações e mata capoeira. Há operadoras que mesclam o trekking com outras atividades esportivas.

Trilha de Santa Maria – uma tranquila caminhada de meio dia leva à cachoeira de Santa Maria, com seus 60 metros de altitude. Trechos em terra e em riachos.

Cruzeiro Ecológico com trilha – os turistas embarcam em botes na Fazenda Primavera e sobem o rio Jacaré até a entrada da trilha dos Três Saltos. O grupo prossegue a pé para chegar perto das quedas d’água e se refrescar no rio. Retornando ao bote, descem o rio Jacaré pela parte navegável, depois dos Três Saltos, e continuam a viagem pela fauna e flora local.

Trilha do Bom Jardim – um trekking que dura um dia inteiro para se conhecer o vale do Bom Jardim, uma bonita região no caminho do Patrimônio. Os trekkers seguem por trilhas na mata até entrar no ribeirão do Pinheirinho e encontrar o ribeirão dos Pintos, trechos percorridos dentro dos cursos d’água (water trekking). Já na furna do Cassorova, os visitantes encontram a cachoeira dos Quatis.

Trilha da Fazenda São José – uma caminhada de meio dia pelas trilhas próximas ao rio do Peixe. Os visitantes vão poder se refrescar em piscinas naturais e ver a cachoeira dos Escravos, atravessar o rio e prosseguir o passeio avistando a cachoeira do Cipó. O final do passeio é um almoço na própria fazenda.

Trilha dos Monolitos – a duração do trekking é curta, cerca de 3 horas, mas a forte subida do morro entre Brotas e Ribeirão Bonito é que dá o tom da caminhada e leva os turistas a conhecerem o feixe de monolitos. Chamados também de cristais ferro, essas formações rochosas não são a única atração do passeio, que tem matas primária e secundária e muitos animais silvestres para apreciação.

Trilha do Rio do Peixe (2 dias) – a caminhada pela furna do rio do Peixe, um vale geograficamente isolado, leva um dia todo. São aproximadamente 15 quilômetros de percurso, com muitas paradas para banhos em cachoeiras e subidas à cuesta do Peixe. O acampamento noturno é feito na fazenda Santa Cruz do Paredão, onde os trekkers poderão conhecer as ruínas de uma antiga produtora de café. No dia seguinte, uma curta cavalgada pelo Paredão e um cascading (rapel em cachoeira) opcional em uma queda de 66 metros dentro do rio do Peixe.

Cachoeira Cassorova – na região do patrimônio, um passeio para o dia todo na fazenda Cassorova. Pode-se começar com uma bela trilha que corta o Vale do Cassorova até a Cachoeira dos Quatis. Uma pausa para descanso na piscina natural da fazenda e um autêntico almoço caipira feito no fogão a lenha. Depois, uma pequena caminhada até a Cachoeira Cassorova, um verdadeiro monumento natural.

Cachoeira do Astor – Na região do patrimônio, formada pelo ribeirão do Pinheirinho, uma visita à mais conhecida das cachoeiras. A 1º Queda do Astor, ideal para banho e para os iniciantes na prática de canyoning. Chegar à 2ª queda fica por conta dos mais aventureiros, que tenham disposição para caminhar por uma trilha mais exigente. Vale a pena, pela beleza do local.

Areia que Canta – Um poço de olho d’água que forma uma piscina natural cristalina. A água transparente borbulha da areia branca e fina no fundo. Ao ser lançada de pequenos nascedouros, a água forma bolhas de ar que não deixam o visitante afundar. As areias no fundo produzem sons peculiares quando movimentadas. Para alcançar a nascente a caminhada é curta e leve, durando aproximadamente 2 horas.

Cachoeira dos Quatis – Queda de 70 metros de altura, com piscina natural ideal para banhos. Pode ser alcançada por meio de caminhada longa de 40 minutos em trilha de difícil transposição, com obstáculos e trechos em forte aclive, atravessando o Vale do Cassarova até a base da queda dos Quatis. O percurso dura 1 hora e 20 minutos.

Bela Vista – Conjunto das Cachoeiras do Macaco, com 50m de queda distribuídos em degraus, e dos Coqueiros, com 15m. Para chegar à primeira, caminha-se 20 minutos em trilha inclinada com pedregulhos. Mais 5 minutos em trecho íngreme e chega-se à segunda queda. Total do percurso: 50 minutos.

Cachoeira Três Quedas – Para chegar a duas quedas pequenas, caminha-se em trilha de fácil acesso. O terceiro salto pode ser visto depois de 20 minutos de caminhada em trecho íngreme, repleto de pedras escorregadias. Percurso de 1 hora e 30 minutos.

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

6 Comentários

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  1. Boa tarde
    Gostaria de saber como funciona as trilhas de bike, tem algum guia para acompanhar?
    Sou de Limeira/SP e temos um grupo de aproximadamente 10 pessoas
    Aguardo Retorno
    ATT

  2. Mauricio boa tarde!
    As trilhas podem ser feitas sem guia ou agencia ou há necessidade de se contratar guia para as atividades de trekking?
    Desde já agradeço
    Att.

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