Em prol dos amigos que se aventuram a sentir o pó colorido da estrada, sobretudo de bicicleta, apresento aqui um pouco sobre o que o processamento digital de dados geográficos (Geoprocessamento) pode contribuir no levantamento de características do terreno a ser percorrido.
Como todos já tem percebido, nos últimos anos tem crescido muito a disponibilidade de recursos que podem ser utilizados para o planejamento de uma viagem no intuito de se conhecer melhor as paragens e as rotas. Exemplo disso é o que os GPS tem nos auxiliado, mapas atualizados e o famoso Goggle Earth, mais o Google Maps, dentre outros.
Considerando que os dados de relevo (altimetria) são importantes no planejamento de cicloviagens, apresenta-se aqui uma técnica bastante simples para a modelagem digital do terreno a ser percorrido.
Figura 1. Dados SRTM com aplicação de tonalidades de cores e efeito de textura para a altimetria.
Figura 2: modo de visualização oblíqua (Modelagem do Terreno)
O grande diferencial é que sobre esses dados de altimetria pode-se sobrepor imagens que demonstrem as características do uso da superfície que mais nos interessa, ou seja, as estradas.
Imagens dos satélites Landsat ou CBERs podem ser adquiridas no site do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – www.inpe.br) ou imagens do próprio Google Earth podem ser acopladas a esses dados SRTM.
Desse modo conciliam-se informações sobre a superfície (uso do solo) com as variações de altitude.
Figura 3. Dados SRTM mais o mapa MME do IBGE com aplicação de transparência sobre a imagem JPG do mapa e um roteiro aleatório (linha amarela) visualizado na forma de perfil topográfico, onde é possível identificar a altimetria do percurso mais a quilometragem
Figura 4. Dados SRTM (Modelagem do Terreno) com a sobreposição do mapa do IBGE.
No caso desse último mapa (MME), o mesmo está disponível no site do IBGE em “pdf”, portanto foi necessário transformá-lo em JPG, para depois inseri-lo no software Global Mapper.
Figura 5. Ao invés do mapa do IBGE, pode-se inserir uma imagem do Google Earth e associar com os dados SRTM.
Figura 6. Modelagem do Terreno com a imagem do Google Earth.
– Dados SRTM (altimetria);
– Mapa MME (IBGE);
– Imagem Google Earth.
A grande possibilidade do uso desses recursos, além de ter acesso a altimetria é o tratamento dos dados de forma georeferenciada, ou seja, os planos e informação carregados na telas estão georeferenciados em um plano x e y que conhecemos como latitude e longitude, portanto, informações adicionais podem ser calibradas no banco de dados com GPS, isto é, se quiser colocar na tela um caminho que você fez e registrou com o GPS, é possível.
O georeferenciamento permite o cálculo de distâncias para definir roteiros e com as informações de altimetria, oferece a visualização do roteiro em forma de Perfil Topográfico, informação muito importante para as cicloviagens.
Espero ter contribuído e difundido a técnica para aplicação no planejamento de novas façanhas em bicicleta.
É isso, aventurem-se.
Bike = Vida
Abraços.
Autor: Fernando Manosso
E-mail: fmanosso@yahoo.com.br
TOP 3 DICAS PARA ECONOMIZAR NAS VIAGENS
- HOSPEDAGEM - Somos parceiros do Booking.com que garante os melhores preços de hospedagem em qualquer lugar no mundo! Você reserva antecipado, pode cancelar e alterar quando quiser. Faça a sua reserva através do nosso link.
- GANHE 179 REAIS! - O Airbnb é a melhor maneira de alugar casas e apartamentos em locais únicos, com preços para todos os bolsos. Ganhe R$179 de desconto na sua primeira reserva. Aproveite!
- NOSSAS EXPEDIÇÕES - Participe das viagens que estamos organizando com nossos leitores! São roteiros exclusivos com o melhor dos destinos e hospedagens selecionadas. Junte-se aos nossos grupos VIPs e vamos viajar juntos.
Ver Comentários (1)
Caro. Paz!!
Trabalho com vários softwares de geoprocessamento e uso GPS (por questões inclusive profissionais) há anos e sou um ciclista experiente e com várias cicloviagens no curriculo.
Respeito muito vc e sei que vc tem boa vontade e até um certo pioneirismo mas achei seus métodos muuuuuuiiiiiiito complicados e desnecessários pra um planejamento de cicloviagem.
Vc consegue visualizar o relevo 3D diretamente no GoogleEarth sem ter que recorrer ao Global Mapper e os dados SRTM (basta inclinar a visualização no GoogleEarth à medida que vc dá zoom o relevo fica mais vísível).
Além disso, visualizar o relevo da região em si não trás grandes informações sobre a altimetria do "circuito" que efetivamente será percorrido.
Basta usar o GoogleEarth, gerar trajetos (caminhos) diretamente sobre as estradas visíveis que se pretende percorrer e mandar o próprio GoogleEarth gerar o perfil de elevação a partir do seu caminho gerado... muito mais simples.
Abraço procê aí valeu??