Um dos principais desejos dos visitantes do arquipélago de Abrolhos é conhecer de perto as Baleias Jubarte (Megaptera Novaeangliae). “Baleiar” ou observar baleias é o lazer preferido de centenas de turistas que chegam para a temporada das Jubartes, entre julho e novembro, quando elas migram para Abrolhos. A cada ano, o Instituto Baleia Jubarte – uma organização não governamental, criada em 1996 com sede em Caravelas, que desenvolve diversas ações na região – registra a presença das baleias cuja população já ultrapassou mil animais na área de Abrolhos.
A baleia Jubarte é uma espécie cosmopolita, distribuindo-se por todos os oceanos. São animais migratórios que deslocam-se anualmente das áreas de alimentação em altas latitudes, para as áreas de reprodução nos trópicos e sub-trópicos, se reproduzem no Brasil (Bahia) e passam o verão nas proximidades da Antártida, se alimentando de krill (um minúsculo tipo de crustáceo, parecido com um camarão pequeno).
Chegam a medir 16 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas, são facilmente reconhecidas pelas nadadeiras peitorais brancas e muito maiores em relação ao tamanho do corpo. Podendo chegar a aproximadamente a 1/3 (um terço) do comprimento total do animal.
Após uma gestação de aproximadamente onze meses, dão a luz a um único filhote, que permanecerá sendo amamentado quase durante o ano inteiro. Geralmente uma baleia jubarte adulta terá um filhote a cada três anos somente. Porém este filhote já nasce com cerca de 3 metros de comprimento, podendo pesar até três toneladas e mama cerca de 200 litros de leite por dia.
Caça X Turismo
A proibição da caça a baleia no Brasil teve início em 1987 após mais de uma década de campanha, quando as organizações em defesa das baleias se opuseram aos interesses de empresários e políticos ligados a indústria baleeira.
O antigo conceito de que uma baleia só tinha valor quando abatida para consumo foi substituído pelo reconhecimento da importância ecológica e de seu valor como importante fonte de renda para a indústria do turismo. Atualmente o turismo de observação de baleias resulta na geração de benefícios econômicos para comunidades locais nas regiões onde é realizado, valorizando a conservação das baleias como um recurso natural vivo.
Segundo a IUCN e o Plano de Ação para Mamíferos Aquáticos do Brasil (IBAMA – 97/2001), a Baleia Jubarte está classificada como vulnerável e incluída na lista oficial de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção (Portaria IBAMA 1522 de 10/12/1989). De uma população original estimada em 250 mil em todos os oceanos restam aproximadamente 35 mil indivíduos.
fonte: Instituto Baleia Jubarte
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