O Pantanal é uma área de aproximadamente 150 mil km² que abrange os estados Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, cravado na região Centro-oeste do Brasil e é a maior planície alagável do mundo. O cenário é paradisíaco e tem atraído cada vez mais turistas brasileiros e estrangeiros. A visitação no local cresce em média 10% ao ano, de acordo com o Anuário Estatístico de Turismo do governo federal.
As atrações são voltadas ao ecoturismo, como safári fotográfico, cavalgadas ou a simples contemplação do alvorecer ou do entardecer, quando os turistas podem ser brindados por revoadas de pássaros típicos da região. Os prédios históricos, o artesanato inspirado na fauna e flora locais e as constantes atrações artísticas tornam a região um bom destino também para turismo cultural.
Portais de entrada
No Mato Grosso do Sul há pelo menos dois importantes destinos turísticos: Miranda e Corumbá, distantes 200 e 403 km, respectivamente, da capital Campo Grande. A primeira é considerada a ‘antessala’ do Pantanal; enquanto Corumbá é conhecida como sua ‘porta de entrada’. Uma distância de 200 km separa as duas cidades, que reúnem, além das paisagens naturais, construções arquitetônicas datadas dos séculos XIX e início do XX.
Para os que gostam de aventura, o acesso a Miranda pode começar com o embarque no Trem do Pantanal, viagem imortalizada na canção de mesmo nome dos compositores Geraldo Roca e Paulo Simões, que ficou famosa na voz de Almir Sater. Com início em Campo Grande, o trajeto pelos trilhos dura aproximadamente 10 horas e mostra toda a paisagem deslumbrante da região, com destaque para os morros que formam as serras de Maracaju e da Bodoquena. O passeio termina na Estação Ferroviária, prédio histórico que por si só é uma atração à parte, pois foi construída em 1912, tornando-se a primeira estação de Mato Grosso do Sul.
Ainda em Miranda, vale a pena conhecer as fazendas da região, que oferecem atrações como cavalgadas e safári fotográfico. Esse passeio pode ser feito a pé em caminhadas por trilhas, de jipe ou de barco: o principal objetivo é avistar e fotografar animais, como antas, capivaras, jacarés e tuiuiús.
Outra parada obrigatória no roteiro turístico é Corumbá, considerada a ‘capital do Pantanal’. Ela está localizada às margens da ‘espinha dorsal’ do bioma, o Rio Paraguai, o que justifica ter entre suas atrações turísticas dois Fortes – o Coimbra e o Junqueira, construções arquitetônicas antigas e que hoje abrigam unidades do Exército.
Um dos principais atrativos para quem chega à cidade é a Estrada Parque, passeio indicado para quem gosta da biodiversidade pantaneira. Com 120 km de extensão, a estrada passa por dezenas de pontes e, durante os meses de setembro a novembro, quando as águas da cheia recuam, é possível avistar com facilidade mamíferos, jacarés e aves da região. Como o trecho é de estrada de chão, é recomendado reservar boa parte do dia para o passeio, sem esquecer-se de levar água, lanche, protetor solar e repelente. O trajeto pode ser feito com carro próprio ou a partir da contratação um serviço nas agências de turismo da região.
Volta ao passado
Em Corumbá, também merece destaque o Casario do Porto Geral, conjunto de prédios históricos que foram restaurados e que relembram momentos de prosperidade da cidade, que foi fundada em 1778 e teve seu auge entre o final do século XIX e o começo do XX. O edifício Wanderley, Baís & Cia, antigo Armazém do Porto Geral, datado de 1876, por exemplo, é um dos cartões-postais do município pelo seu porte arquitetônico. Hoje o prédio abriga o Museu de História do Pantanal (MUHPAN), que retrata a história da região, desde as civilizações pré-colombianas até os dias atuais. Já a Casa Vasquez e Filhos é um imponente edifício histórico datado de 1909, onde hoje está a sede do Instituto Homem Pantaneiro
Ainda no centro histórico-cultural de Corumbá, outra opção turística é a Estação Natureza Pantanal, exposição interativa que tem por objetivo sensibilizar turistas e moradores sobre o bioma, ensinando de forma criativa e interativa sobre a fauna e flora pantaneiras. Mantida pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a Estação Natureza está localizada no edifício Sleiman, um prédio histórico datado de 1908 e é uma verdadeira imersão no bioma pantaneiro.
“Nosso objetivo é proporcionar ao visitante uma experiência sensorial para que ele aprenda sobre o bioma e aproveite ainda mais o passeio pelo Pantanal. Conhecer suas particularidades, espécies e ecossistemas pode contribuir para que o visitante entenda a importância da conservação de sua biodiversidade”, afirma Teresa Rubira, coordenadora da exposição interativa. No local é possível observar, em 23 painéis, a formação geológica do bioma, entender como as cores do peculiar pôr do sol pantaneiro se formam, sentir a diferença das cascas das palmeiras, ouvir o som das aves da região, além de outras atrações. “Em seguida basta subir ao terraço do prédio e contemplar ao vivo o Pantanal e suas belezas”, convida Rubira.
Para vislumbrar o pôr do sol pantaneiro, uma boa pedida é subir o Morro do Cristo Rei do Pantanal. O caminho mostra a via sacra de Jesus Cristo, desde sua condenação até a morte na cruz. Ao final do percurso, o turista terá uma vista privilegiada para a planície pantaneira e os pequenos morros que circundam Corumbá.
No final da estadia no município, vale a pena visitar a Casa do Massa-Barro, uma associação criada há 32 anos para incentivar a arte em cerâmica, comum no local. Outra parada interessante é a Casa do Artesão de Corumbá, situada em um prédio histórico que já foi presídio entre os anos de 1905 a 1970. Nesse local, os artesãos pantaneiros expõem seus produtos confeccionados em couro de peixe, madeira, cerâmica, bordados e crochês.
Gastronomia típica
Na gastronomia, o destaque é o pintado, uma das espécies de peixe típicas da região. É preparado de várias formas: grelhado em filés, no espeto e na mojica, ensopado com cubos do peixe e mandioca cozida. Outra receita tradicional é o ‘pintado a urucum’ (à dorê com creme de leite, leite de coco, molho de tomate e mussarela), servido desde a década de 70 para os turistas que visitavam a zona rural de Corumbá. Outra espécie de peixe bastante apreciada pelos turistas é o pacu, de carne firme com bastante gordura. A forma mais tradicional que é servida na região é a costela de pacu frita, chamada de ventrecha.
Dois outros pratos também incrementam a culinária local – a saltenha, um tipo de pastel assado originário da Bolívia; e a ‘sopa paraguaia’, que apesar do nome é um bolo de milho salgado, original do Paraguai.
Do outro lado da fronteira
Corumbá fica a poucos quilômetros da fronteira do Brasil com a Bolívia. Ao passear pelo país vizinho, a dica é conhecer a cidade Puerto Suarez, onde uma ampla feira oferece diversas opções de roupas, calçados e artesanato local a preços convidativos. Orienta-se não fazer esse trajeto sozinho quando se vai pela primeira vez, pois a cidade é um pouco confusa e os táxis brasileiros não podem atravessar a fronteira, sendo necessário pegar um táxi boliviano. A melhor opção para o passeio na Bolívia é contratar um guia local. O valor para três pessoas gira em torno de R$100.
Pantanal e suas águas
O Pantanal é o menor dos biomas brasileiros em extensão, mas é a maior planície alagável do mundo, consequência de um fenômeno que se repete anualmente – o alagamento natural da planície cobrindo parte do solo e a vegetação que nele existe.
Dentre as espécies de plantas mais conhecidas estão a palmeira Carandá e o ipê-rosa conhecido localmente como Piúva, ambas árvores símbolos do Pantanal – e os camalotes, plantas aquáticas que descem mansamente pelas águas do Rio Paraguai. Já entre as aves, destaque para os tuiuiús e as araras-azuis, Todo o conjunto torna a região bastante atrativa para os turistas.
Uma atração imperdível nessas águas é passear numa ‘chalana’ ( barco de fundo chato comum no Pantanal) pelas curvas do Rio Paraguai, o maior rio do bioma. Seja subindo ou descendo o rio, é grande a possibilidade de avistar jacarés, ariranhas e diversas aves da região.
Visite a maior planície alagável do mundo. Visite o Pantanal.
Como chegar
Para Corumbá há um voo diário de uma hora a partir de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, pela companhia aérea Azul. O acesso terrestre de Campo Grande ao Pantanal pode ser feito pela BR-262 até Miranda (218 km) e Corumbá (441 km). A Viação Andorinha (0300-2103-900, www.andorinha.com.br) passa pelas duas cidades, partindo do Terminal Rodoviário da capital (67 3026-6789). A viagem do Trem do Pantanal é feita pelo menos duas vezes por mês, ao preço de R$ 180,00 por pessoa, pelo trajeto Campo Grande – Miranda. As datas podem ser conferidas diretamente no site da Serra Verde Express (www.serraverdeexpress.com.br), operadora responsável pelo passeio ou pelo telefone (67) 3043-2233.
Outros link interessantes
Fundação de Turismo do Mato Grosso do Sul
www.turismo.ms.gov.br
Estação Natureza Pantanal
www.fundacaogrupoboticario.org.br/estacaonatureza
Instituto Homem Pantaneiro
www.instituto homempantaneiro.org.br
Museu de História do Pantanal
http://www.muhpan.org.br
Secretaria de Turismo de Corumbá
http://www.corumba.ms.gov.br/site/turista/4
Sobre a Fundação Grupo Boticário – A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.377 projetos de 472 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país. Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Projeto Oásis.
Na internet: www.fundacaogrupoboticario.org.br, www.twitter.com/fund_boticario e www.facebook.com/fundacaogrupoboticario.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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