Tailândia – Parte 1: Descobrindo Bangkok em 4 dias

Santuário da Verdade





A Tailândia é sinônimo de exotismo. Permeia na cabeça de todos como um local repleto de paisagens nada comuns e atividades excêntricas. Pois bem, é isso mesmo que este país de cultura própria, baseada no budismo, irá proporcionar aos seus visitantes. É um local singelo, mas com um ambiente peculiar, uma mistura entre a magia e o mundo real selvagem.

Com o intuito de deixar mais fácil o entendimento, este artigo está dividido em duas partes: sendo a primeira parte voltada para a capital Bangkok e a segunda com a região sul, explorando suas praias, como Phuket e Phi Phi Island.

SENTI FALTA E INDICO: A Tailândia é um imenso país de beleza vasta, e o fato de nos limitarmos a 8 dias de estadia, não conseguimos explorar a parte norte. Assim sendo, não esqueça de deixar ao menos 2 dias para conhecer o templo branco de Chian Mai e a tribo das mulheres-girafa (Karen Padaung).

Rio Chao Phrayao

Ponto de partida para a viagem

VISTO: Não é necessário visto para brasileiros, a entrada no país é muito tranquila.

VACINAÇÃO: A apresentação do certificado de vacinação internacional de Febre Amarela é obrigatória, emitido pela ANVISA em diversos postos de saúde no Brasil. Antes de ir à imigração, deve-se deslocar até o posto de controle sanitário, seguindo as placas do health control, para apresentação do certificado e preenchimento de formulário específico.

TRANSPORTE: No aeroporto, há diversos serviços de transporte: táxi, ônibus, limusines, carros privados e trem. Optamos seguramente pelo táxi, com carros de diversas cores (o nosso era rosa), cobrado através de taxímetro e conduzido pela mão-inglesa, deixando-nos tranquilamente no hotel. Dentro da cidade, existem também os famosos tuk-tuk tailandês: coisa para turista. Vale a pena para fazer um passeio curto experimental, com valor pré-negociado (eles exageram no valor inicial). Prefira táxi com taxímetro, é seguro e confiável.

Andar de Tuk tuk não pode faltar na sua viagem

IDIOMA: A Tailândia fala um idioma próprio, bastante difícil de entender, que mais parece rabiscos. Existem sinalizações em inglês em todos locais turísticos e os nativos comerciantes se esforçam num inglês bem básico, com um sotaque oriental forte, que nos meus ouvidos não soavam bem, dificultando um pouco o entendimento. Porém, não chegou a prejudicar a comunicação e barganha.

BARGANHA: Não há nada que seja realmente tabelado, tudo deve ser longamente negociado. Comece sempre com a ideia de que o preço já está inflacionado em pelo menos 40%. Mesmo com todo o apelo religioso e simpatia dos tailandeses, não se incomode em falar: Não, está muito caro. Sabendo que logo em seguida, eles dirão: qual o seu preço?

RELIGIÃO: 95% da população são budistas e vivem sua religião cotidianamente. Em todos os locais há decoração representando a religião, com mini-templos, imagens e oferendas, tudo muito colorido e brilhante. A título de conhecimento, o Budismo é um sistema de filosofia e ética, originário do hinduísmo, onde seus ensinamentos estão baseados no carma, onde o ser humano irá encarnar infinitamente até o espírito se tornar puro (atingindo o estado de nirvana).

ANO: Atualmente, o calendário budista está no ano de 2.558. A era iniciou com a morte e libertação final de Buda, quando ele tinha 80 anos e atingiu a iluminação (Nirvana).

MOEDA: A moeda local é o Baht, que atualmente vale cerca de dez vezes menos que o nosso real, é bem desvalorizada. Ou seja, 1 real equivale a 10 baths.

CLIMA: A melhor época para visitação é de novembro a fevereiro, onde a temperatura média é de 26°C, de março a abril é o período mais quente, chegando aos 40°C. No restante do ano, ocorrem as monções, é a época chuvosa.

Wat Yai Chaya Mongkol
Grande Buda Pattaya
Wat Phra Mahathat
Wat Yai Chaya Mongkol
Santuário da Verdade

Sugestão de roteiro de 4 dias em Bangkok

Cidade dos Anjos, Grande Cidade ou Cidade da Joia Eterna são alguns significados de seu nome. Bangkok possui todos os predicados negativos de uma grande metrópole: trânsito caótico, bastante cinza, barulhenta, suja e com poucas áreas verdes. Chega a ser um contrassenso com o colorido, o brilho e a mistificação dos templos e decorações budistas.

Apesar disso, não estampa violência e não há sem-teto pelas ruas, ou seja, apesar do aspecto negativo da sua urbanização, sentimo-nos seguros andando pelas noites da cidade.

Os tailandeses são receptivos e carismáticos, sempre com um sorriso estampado no rosto, cumprimentam unindo as palmas das mãos (como uma prece), curvando sua cabeça à frente. Nada mais educado e respeitoso de nossa parte, realizar este movimento e dizer um “Kob kun má”, que significa muito obrigado em tailandês.

Templo Budista

Há cerca de 400 templos budistas espalhados pela cidade. É aí que a arquitetura de tradição milenar contrasta com a modernidade dos altos edifícios, que abrigam empresas, restaurantes de cozinha internacional e boates em seus rooftops. A capital da Tailândia já foi considerada como a Veneza do Oriente, devido ao seu importante Rio Chao Phraya (O Rio dos Reis) e seus canais (hoje aterrados para desenvolvimento e crescimento da cidade).

PRIMEIRO DIA

Negociamos no próprio hotel um tour para conhecer o mercado flutuante e três templos, em carro privado para nos dar mais liberdade com os tempos de permanência em cada atração.

Pela manhã, deslocamos para o famoso Mercado Flutuante que fica em Damnoem Saduak, cerca de 1,5 hora da capital. Escavado em 1866, os canais serviam para o comércio de suprimentos provenientes da agricultura. Hoje, são muito mais turísticos, com vendas de todo tipo de souvenirs e quinquilharias, como também comidas locais, snacks, frutas e vegetais para os estrangeiros.

Mercado Flutuante

Os canais são repletos de barcos, parecendo que vão colidir, são feitos de madeira e movidos a motor, durando duas horas o passeio. Muitos vendedores locais ainda mantém a tradição: remando pelos canais estreitos e oferecendo sua mercadoria. Lembre-se, as negociações para as compras devem ser longas, pois tudo é muito superfaturado.

À tarde, visitamos o Templo Budista Wat Traimit, onde está o maior Buda de ouro maciço do mundo, um tesouro do país e do budismo. A estátua tem mais de 700 anos, 3 m de altura e 5,5 ton, avaliada em 28,5 milhões de dólares. O Buda de Ouro foi descoberto em 1955, onde numa movimentação interna no templo, um grande Buda de barro caiu, quebrou e descobriu-se este dentro. Ele tinha sido coberto para enganar os inimigos que invadissem a Tailândia e não o roubassem.

Buda de Ouro
Templo Budista Wat Traimit

Certamente, é um ambiente que transmite aos seus visitantes muita paz e uma energia serena, abençoando cada um com boa sorte e realização de desejos.

Deslocamos, em seguida, para o templo do Buda Deitado (Wat Pho), que é o mais antigo e maior da Tailândia. A estátua que mede 46 m de comprimento e 15 m de altura fica em um ambiente fechado e é coberta de folhas de ouro, sendo maior que o Cristo Redentor do Rio de Janeiro.

Templo do Buda Deitado (Wat Pho)
Buda deitado

Em seus pés existem 108 símbolos auspiciosos, onde cada Buda pode ser identificado como flores, dançarinos, elefantes, tigres e acessórios de altar. Atrás dele, existem 108 baldes de bronze que representam estes símbolos, são as 108 ações positivas que levaram o Buda a perfeição. Podem-se colocar moedas em cada balde para trazer fortuna, além de ajudar os monges na manutenção do templo.

Ressalto que no local fundou-se a primeira escola tradicional de medicina e de massagem Thai, repleta de estátuas em posição de yoga.

Para finalizar o dia, pegamos o tuk-tuk em direção às margens do Rio Chao Phrayao, entramos em uma embarcação, ao custo de centavos, para cruzar o rio e visitar o maior complexo da cidade. O Templo do Amanhecer (Wat Aru) tem este nome devido à sua beleza durante o crepúsculo matutino e noturno, tendo sido construído no século XVIII. Sua decoração é feita com mosaicos de pequenos pedaços de porcelanas, produzindo um verdadeiro show de cores, e com estátuas de animais.

Templo do Amanhecer (Wat Aru)
Templo do Amanhecer (Wat Aru)

No centro, há uma torre mais alta, de 80 m, com degraus altos e estreitos, cuja subida é cansativa, mas que proporciona uma excelente visual da cidade durante o entardecer.

SENTI FALTA E INDICO: Palácio Real e o Buda de Esmeralda, localizado ao lado do Templo do Buda Deitado.

SEGUNDO DIA

Novamente, em tour privado, fomos para Kanchanaburi, onde está localizada a ponte sobre o Rio Kwai, que faz parte da Ferrovia da Morte. Foi construída durante a 2a Guerra Mundial em 1942, quando a Tailândia declarou guerra a Grã-Bretanha e EUA, permitindo também que os japoneses entrassem no país.

Os japoneses queriam uma ferrovia para ligar a Tailândia a Myanmar. Esta construção provocou a morte de milhares de prisioneiros de guerras, ao lado da ponte há um Cemitério de Guerra onde foram enterrados 7 mil corpos. Esta história rendeu um filme (A Ponte do Rio Kwai) para os cinemas, o qual ganhou 7 Oscars.

De lá, seguimos para o Templo do Tigre ou Wat Pa Luangta Yannasampanno (Monastério da Floresta ou Santuário da Vida Selvagem), cerca de 3,5 horas de carro da capital. O templo surgiu quando as pessoas da comunidade levavam animais feridos para que os monges cuidassem da sua recuperação, e logo depois eram devolvidos à floresta. Mas eles começaram a voltar… e sempre acompanhados de mais animais em busca de abrigo. Hoje, eles contam com 143 tigres, grande parte com 16 anos e procriando, bem como outros animais: vacas, búfalos, leões e veados.

Templo dos Tigres
Templo dos Tigres
Templo dos Tigres

Os tigres são realmente muito mansos. Segundo o local, devido a este tipo de felino dormir muito durante o período mais quente do dia, ou seja, ficam mais ativos de manhã cedo e a noite, que é frio. Ademais, os tigres foram adestrados por humanos, não os temendo. Mas para mim, eles tomam um Rivotril antes de cada exposição (rs).

Obs.: não se pode usar vermelho ou cor brilhante perto dos bichanos.

Posteriormente, fomos para o Mueang Sing Elephant Village, ao lado do Templo dos Tigres (30 min). O local oferece Trekking montando em um elefante pela floresta, bem como um banho dado por este animal dócil. Óbvio que optei pela segunda opção, sentindo-me o próprio Mogli, o menino lobo.

É importante dizer que o elefante significa poder soberano. Na Ásia, ele era a montaria dos reis e simboliza o poder de reger. Na religião budista, é um símbolo da encarnação de Buda, pois foi do elefante que a rainha Maya concebeu Buda. No hinduísmo, são animais sagrados, um dos deuses mais importantes é Ganesh, o deus da ciência, do conhecimento, da beleza, da força, do equilíbrio, da superação e das letras. E na ioga, representa um dos chacras “muladhara”, que corresponde ao elemento terra.

Banho com elefantes na Tailandia

TERCEIRO DIA

Este dia foi destinado para conhecer Pattaya Beach, local dos esportes náuticos. Acerca de três horas de Bangkok, nesta praia é possível a prática do Parasailing (onde numa espécie de paraquedas, você é puxado por uma lancha), ideal para os aventureiros. Também fomos em tour privado.

Pattaya oferece lindos templos Budistas, especialmente o templo na colina do Grande Buda.

Na parte noturna, há o maior atrativo desta cidade de veraneio. Em uma rua, repleta de bares e boates de striptease, as garotas de programas tailandesas e as famosas ladyboys (travestis e transexuais), fazem a alegria da “gringalhada” que busca o turismo sexual.

Com uma Ladyboy em Pattaya
Passeio de Parasailing

Mas para mim, o grande destaque ficou mesmo por conta do Santuário da Verdade (The Sanctuary of Truth). Ainda em construção, sua obra iniciou em 1981 e tem previsão para término em 2025. É todo esculpido em madeira por cerca de 200 artesãos (inclusive estavam trabalhando quando fui lá) e situa-se a beira-mar.

Tem 100 m de altura, 50 m de largura e 50 m de comprimento. Repleto de esculturas baseadas no budismo, hinduísmo e mitologias do Camboja, Índia, China e Tailândia, que tentam mostrar o pensamento e a alma das culturas orientais, não significando nenhuma religião específica. É a imagem da relação entre o homem (pai e mãe), o universo (4 elementos, sol, estrelas e lua) e o sagrado.

O objetivo do templo é usar a arte e a cultura como “reflexões da antiga visão da Terra e da Filosofia Oriental, bem como entender a Responsabilidade do Homem, o Pensamento Básico, o Ciclo da Vida e sua relação com o Universo”.

Santuário da Verdade

Tem o seguinte texto de apresentação: “Desde a época da Guerra Fria até hoje, o mundo está sob a influência da civilização ocidental, acentuada pelo materialismo e pela devoção a tecnologia avançada. Muitas áreas naturais foram degradadas, e os homens se afastaram de seus antigos valores de tal maneira que a moralidade e satisfação espiritual se tornaram irrelevantes para muitas pessoas”.

QUARTO DIA

Reservamos este dia para conhecer a cidade de Ayutthaya, a primeira capital da Tailândia, fundada no ano 1350 no centro do Reino do Sião. Chegou a ser a maior cidade do mundo no ano de 1700, com cerca de um milhão de habitantes. Era tida como a capital do comércio do mundo devido a sua localização ser no caminho entre China, Índia e Malásia.

Durante a última guerra entre Ayuttya e Burma em 1767, o exército birmanês cortaram todas as cabeças dos Budas – pois os monges e reis escondiam dentro deles ouro – destruíram e queimaram toda a cidade. Em Wat Phra Mahathat é possível ver várias estátuas de Budas sem cabeça. A escultura mais famosa desta cidade é a cabeça do Buda nas raízes da árvore, o corpo dele nunca foi encontrado.

Wat Phra Mahathat

Visitamos o Royal Palace, um templo gratuito onde fica localizado um Buda gigante de bronze, o Phra Mongkhon BoPhit, de quase 12,5 m de altura. Aqui, há também uma estátua para cada dia da semana, onde se oferta óleo para cada um deles.

E, finalmente, também o Wat Yai Chaya Mongkol, construído em 1357, onde seu chedi principal mede 62 metros, com mais de 28.000 ton de ladrilhos, e repleto de estátuas de budas vestindo mantos dourados e brilhosos. Aqui, funcionava um centro nacional de educação para crianças.

Wat Yai Chaya Mongkol

SENTI FALTA E INDICO: Próximo ao Royal Palace localiza-se o Wat Phra Si Sanphet, o maior templo de Ayutthaya. O qual já foi o mais importante da cidade e serviu de modelo para a construção do templo do Buda de Esmeralda localizado em Bangkok.

Confesso que não aproveitei a noite na capital tailandesa por puro cansaço. Após cada passeio, que iniciava às 8 horas e finalizava por volta das 19 horas, nós jantávamos em algum restaurante local e retornávamos para o hotel. Neste momento, a cama exercia um poder enorme sobre mim. Porém, saliento que a noite na cidade é bem movimentada para quem gosta de agito. Recomendo muito.

Assistam ao vídeo dessa viagem

E não acaba por aqui, aguarde o próximo artigo com a segunda parte do roteiro da Tailândia. Onde descobriremos mais sobre as praias do litoral sul, com as famosas ilhas de Phuket, do James Bond e de Phi Phi Island, nesta última onde foi rodado o famoso filme “A Praia” com o Leonardo Di Caprio, além dos comentários sobre a gastronomia e massagem tailandesa, referências mundiais.

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Gil Cavalcante: Gil Cavalcante é pernambucano, administrador de empresas, professor, e viajante do mundo. Coleciona ímãs de geladeira das cidades por onde passa, e tem como meta: visitar e conhecer cada cultura deste planeta a fora. Sigam meus passos também no Instagram: @gilcav

Ver Comentários (7)

  • Boa noite, amigo como voce fica simpatico nas fotos, adorei!!

    Eu e meu noivo vamos para Bkk agora em abril, estou lendo e relendo as coisas para montar o roteiro.

    Eu nao queria ir ao passeio com o elefante pois não estava afim de andar nele, mas sou louca pelo banho que eu tinha visto em outras cidades.

    Voce pode por gentileza dar mais informações sobre esse passeio com a opcao do banho?

    Obrigada

    Jacqueline

    • Ola Jaqueline,
      Então, como falei na matéria, o Mueang Sing Elephant Village fica ao lado do Templo dos Tigres (30 min). Partindo da capital, leva-se cerca de 3,5 horas. Nós fechamos um carro privado para nos levar lá. ;)

    • Bom dia Gui, então, não existe um preço firme. Na Tailândia tudo precisa ser muito bem negociado. Use bastante do seu poder de barganha. Como o carro foi privado para um dia inteiro conosco, pagamos cerca de 100 dólares no ano passado.

  • QUAL O HOTEL QUE VOCE FICOU QUE FECHOU TODOS ESSES PASSEIOS??
    VOCE FOI A CHIANG MAI OU ALGUM LUGAR QUE TIVESSE A TRIBO DAS MULHERES GIRAFAS?

    • Olá Junnia,

      Infelizmente não tenho os nomes dos hotéis em Bangkok e Phuket. Sobre Chiang Mai, uma falha no roteiro, não fui por falta de tempo. Indico dois dias lá. Apenas para conhecer o templo Branco e a tribos das mulheres do pescoço longo (só tem nesta região).
      U abraço

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