Taiti e Bora Bora, destino para sua lua de mel

Bora Bora é tudo isso e muito mais





São lugares de sonho, destinos onde a terra se confunde com o céu e a noção de Paraíso passa a ter um significado bem mais real. Palmeiras e coqueiros, ilhas de vegetação luxuriante, línguas de areia branquíssima sobre a barreira de coral, paisagens aproveitadas pelos hotéis que oferecem um serviço dedicado aos prazeres do corpo e da alma.

Quem não ouviu já falar do Taiti ou de Bora Bora? São destinos que fazem parte do imaginário do comum dos mortais e para onde qualquer um gostaria de ir rumo a umas férias inesquecíveis. Escolhidos por casais em lua-de-mel ou como alternativa muito romântica ao casamento tradicional, estes pedaços de terra perdidos no Pacífico Sul são, sobretudo, incontornáveis. Pelo menos, uma vez na vida.

É claro que para nós europeus – à exceção dos franceses -, uma deslocação até à Polinésia Francesa não é exatamente o que se pode apelidar de “pechincha”, mas o esforço financeiro é amplamente compensado pela sua beleza extasiaste. Os cinco arquipélagos que a constituem – Sociedade, Tuamotu, Marquesas, Gambier e Austrais – , estendem-se ao longo de 4,5 milhões de quilômetros quadrados de oceano e são formados por ilhas e atóis de origem vulcânica ou coralígena (formadas pela acumulação de corais).

A história conta que foram as ilhas Marquesas as primeiras a serem povoadas através de vagas migratórias vindas do sudoeste asiático e compostas por marinheiros em piroga, há cerca de 30 mil anos. Mas a verdade é que. hoje e desde a chegada dos primeiros europeus em 1767, a ilha do Taiti, no arquipélago da Sociedade, é a mais populosa. Naturalmente, foi aqui que se construiu o primeiro aeroporto e é também aqui que a maioria dos turistas aterra.

À primeira vista, a ilha não parece corresponder às expectativas e a todas as fotografias e postais que se veem nas revistas ou nos panfletos das agências de viagens. Logo à saída do aeroporto não fora a umidade, a temperatura amena e o sol a brilhar, não parece que se chega a um destino tropical. Com a confusão e o burburinho do trânsito pode-se até questionar se o piloto não se terá enganado na rota. Apenas os traços característicos dos rostos e a tonalidade castanha dourada da pele dos polinésios denuncia o local. Depois no percurso que se faz para chegar à capital, Papeete, a barafunda adensa-se com veículos de todos os tipos, mas semelhantes em provecta idade, a cruzarem-se a um número que vai crescendo à medida da proximidade do centro da cidade e, sobretudo, com a completa anarquia das construções. Nesta altura já se torna difícil relembrar a vegetação luxuriante que se vislumbrou do ar.

Há, no entanto, uma forma de se entrar logo no ritmo e ambiente do Taiti e privar com o dia-a-dia dos seus habitantes. Esqueça os táxis que esperam os clientes mesmo à porta do terminal, até porque são dispendiosos. Atravesse os parques de estacionamento até chegar à estrada e apanhe o autocarro local, apelidado de “Le Truck”, francamente mais barato e divertido. É verdade que são carripanas a cair de podres, com bancos corridos em madeira que não ajudam ao conforto, se considerarmos que os amortecedores deixaram de funcionar em pleno há muito, mas o condutor tem a amabilidade de só arrancar quando o passageiro está sentado e os sorrisos hospitaleiros dos restantes ocupantes compensam a experiência. O perigo de se ver envolvido num acidente parece também bastante reduzido, pela educação com que se conduz, sem buzinas, gritarias ou insultos. Aliás, é com frequência que os restantes condutores dão passagem ao autocarro, mesmo quando este encostou fora dos locais assinalados como paragens, o que acontece regularmente sempre que alguém levanta o braço na berma da estrada.

Alguma harmonia no caos

Percorridos os seis quilômetros que separam o aeroporto do centro de Papeete, chega-se a uma cidade caótica, de edifícios baixos, degradados e incaracterísticos. Nada de aliciante parece sobressair do conjunto. Só num passeio a pé, sem grandes dificuldades para percorrer as principais ruas, começa a surgir alguma harmonia no meio do caos. E por harmonia não se quer dizer beleza, tranquilidade ou equilíbrio arquitetônico. Quer apenas significar interesse, cores, energia do ambiente e diversidade cultural. Estas são as grandes características que fazem da capital do Taiti um lugar a visitar, apesar dos defeitos já referidos.

Começar pelo mercado central de Papeete, no “Quartier du Commerce”, é uma excelente opção. Já sem contar com a profusão de cores própria da variedade de vegetais, frutas e outros produtos alimentícios, o espaço contém ainda, no primeiro andar, um sem número de bancas e lojas de artesanato. Conchas trabalhadas, esculturas em madeira de tikis (guerreiros com ar feroz), páreos usados como peças de vestuário tanto pelas mulheres como pelos homens – pedaços de tecidos decorados com motivos tradicionais especialmente flores -, chapéus feitos a partir de fibras de plantas decorados por elaboradas flores e óleo de Monoï, constituem as peças mais frequentes e mais típicas. Outra alternativa para as compras é a Vila dos Artesãos situada junto ao mar em Tipaerui, perto da Casa da Cultura.

E como Papeete significa “cesto de água”, se estiver no “Quartier du Commerce” siga até à beira de água e percorra a avenida Pomare, começando no cais “D’honneur”, passando pela doca dos ferries e pela praça “To’Ata”. Ao longo de todo o passeio vislumbram-se enormes cargueiros que testemunham a importância do porto local.

O Museu da Pérola (cultura de grande importância neste canto do Planeta e sobejamente conhecida mundialmente), o templo protestante (religião maioritária em toda a Polinésia) Paofai, o Parque Bougainville e a catedral Notre Dame são outros atrativos da cidade.

Existem inúmeros cafés, snacks e restaurantes mas à noite procure a praça Vaiete (situada entre o cais D’honneur e o cais dos ferries) se gostar de um ambiente mais descontraído com comida tradicional e um sem número de variedade de pratos, que vão da gastronomia chinesa à italiana. Aqui, dezenas de roulottes instalam-se a partir do pôr-do-sol para servir pratos a preços muito acessíveis (cerca de 8 euros). A comodidade oferecida limita-se a mesas e cadeiras de plástico, no entanto, a delícia de um peixe cru, marinado em leite de coco ou de um bife de atum, com pimenta e molho roquefort, são exemplos da cozinha tradicional Polinésia que pode degustar. O ambiente festivo das luzes de néon e das cores garridas das roulottes, bem como as dezenas de frequentadores destes restaurantes ambulantes dão-lhe um ar animado de feira popular.

Antes de sair de Taiti para seguir rumo à ilha de Bora Bora ou a outra qualquer, saiba que se tiver alguns dias a ilha possui uma beleza natural incontornável, com as suas montanhas, vales onde cascatas se precipitam, grutas, vegetação e praias de areia branca e negra.

A ilha de todos os sonhos

Paraíso na terra, obra-prima da Mãe Natureza ou lugar dos Deuses do Olimpo? Todas estas expressões são reveladoras da grandiosidade que se vê e, sobretudo, se sente em Bora Bora. O verde-esmeralda das águas tranquilas do Pacífico confunde-se com o azul intenso do céu, com os matizados da vegetação e com o branco da areia, numa conjugação verdadeiramente excepcional de tirar a respiração.

Chega-se de avião e aterra-se na ilhota de Motu Ute. Aqui, os coqueiros e palmeiras ficam à beira da pista de aterragem. Uma pequena construção em madeira faz as vezes de terminal e um passadiço de madeira acolhe as embarcações dos hotéis de luxo que vêm buscar os turistas que, com colares de flores colocados ao pescoço, mal contêm os sorrisos de encantamento.

A duração da viagem de barco até ao alojamento escolhido varia consoante a distância, mas já ninguém pensa em relógios, tempo ou outras considerações mais comezinhas. Apenas o mar transparente e a visão dos picos montanhosos de Pahia e Otemanu, que dominam a paisagem da ilha de Bora Bora, concentram a atenção de todos. Hipnotizados, os felizardos preparam-se para algo com que sempre sonharam. Umas férias inesquecíveis num dos mais belos lugares do mundo.

Dentro da barreira de coral e à volta da magnífica lagoa e da ilha principal, de origem vulcânica, situam-se todos os alojamentos mais caros. Uma estadia num faré – noutros tempos a tradicional cabana Polinésia construída sobre estacas, hoje quartos de luxo dispostos ao longo de compridos passadiços de madeira -, custa cerca de 500 euros por noite, quantia francamente elevada, apenas compensada pelo ideal de dormir e namorar com toda a tranquilidade e privacidade que estes aposentos proporcionam. Ah! Não esquecer o mais importante, a espetacular janela para o mar, colocada no chão, para melhor apreciar a vida aquática e a varanda sobre o mar com acesso direto e privativo às águas da lagoa.

Seja qual for o seu destino, uma ida a Bora Bora é indispensável. Com nove quilômetros de comprimento e quatro de largura, esta ilha é fácil de percorrer. A estrada que bordeja o litoral é quase sempre plana, o que torna muito fácil alugar uma bicicleta para usufruir com calma a paisagem tropical, com a esfuziante variedade de flores a serem as verdadeiras protagonistas. Existem, no entanto, veículos a motor para quem não queira ou não possa fazer o percurso a pedalar.

Faça coincidir a sua visita com um domingo e, logo de manhã, assista à missa da igreja protestante da capital Vaitape. Se a fé não lhe é familiar, aqui o sentido da palavra ganha um significado mais compreensível, nem que seja pelo entusiasmo com que a população entoa os belos cânticos no dialeto local. Vestidos a rigor, eles e elas, os vestidos brancos, cremes, com rendas ou em seda e, sobretudo, os magníficos e originais chapéus compõem o “espetáculo” soberbo que tem lugar num edifício em madeira de uma simplicidade desarmante. Os bancos de madeira corrida e as ventoinhas são as únicas comodidades do templo.

No interior da ilha procure as plantações de ananases, os vestígios de maraés – locais de culto dos antepassados polinésios – e o contínuo de vegetação tropical.

Depois volte para o seu paraíso privativo, pelo menos por esta vez na vida, e dedique-se aos prazeres do corpo e da alma, porque este é o lugar ideal para o esquecimento, uma das grandes proezas que se retira de umas grandes férias.

MAIS INFORMAÇÕES

Região: Polinésia Francesa.
População: Cerca de 285 mil habitantes dos quais 170 mil vivem no Taiti.
Capital: Papeete.
Moeda: Franco francês do Pacífico (câmbio em Julho de 2005: 1 € = 119,33 CFP).
Idiomas: Francês e Taitiano.
Saúde: Nenhuma vacina obrigatória.
Documentos: Passaporte obrigatório.
Hora: GMT-10.
Clima: Tropical. A época das chuvas vai de Dezembro a Abril. As tempestades tropicais são breves e dão lugar a um sol radioso. De Julho a Outubro é época seca, mas as noites tendem a ficar mais frescas. A temperatura é amena e varia entre os 24 e os 28º centígrados.

Como ir: De avião a partir de Londres, com a Air New Zealand (voos diários) ou de Paris, com a Air France (três vezes por semana), ambos com escala em Los Angeles.

Hotéis:
  • No imaginário de todos ficam os quartos sobre as águas do Pacífico e esses são certamente os que preenchem todos os requisitos de um paraíso na terra, mas para quem não tenha ainda amealhado tanto, existem muitas alternativas bastante mais baratas se bem que nem sempre fiáveis. Confirme as informações num bom agente local. Hotel Tahiti Beachcomber (*****) – Faa’a, Point Tata’a, Papeete – Tel.: +689 865110 – Fax: 865130.
    Rodeado por jardins tropicais e sobre uma praia privativa, este hotel possui uma magnífica vista sobre a ilha de Moorea.
  • Hotel Tiare Tahiti – Papeete – Tel.: +689 500100/436848 – Fax: 436847 – Email: hotltiareTaiti@mail.pf.
    Em pleno coração da cidade junto ao posto de correios e com vista sobre o porto e Moorea. 38 quartos com varanda.
  • Hotel Meridien Bora Bora (*****) – BP 190 Vaitape, Bora Bora – Tel.: +689 605151 – Fax: 605152 – Site: www.lemeridien-borabora.com – Email: sales@lemeridien-Taiti.com.
    Divinal com os seus farés, a praia privativa de areias brancas, a sua criação de tartarugas, uma decoração impecável e janelas rasgadas para o mar.
  • Temanuata – Matira Point, Bora Bora – Tel.: 689 677561 – Fax: 676248.
    Modesto mas com cinco confortáveis bungalows que albergam até três pessoas. O restaurante é muito agradável e serve especialidades de peixes.
  • Restaurantes: Roulottes – Praça Vaiete, Papeete.
  • Jack Lobster – Vaime Centre, Papeete – Tel.: 689 425058.
    Ao estilo americano oferece uma ementa de bifes.
  • La Corbeille d’Eau – Avenida Pomare, Papeete – Tel.: 689 437714.
    Restaurante de comida francesa mais requintada, frequentado sobretudo por políticos e homens de negócios.
  • The Bamboo House Restaurant – Bora Bora – Tel.: +689 677624.
  • Bloody Mary’s – Bora Bora – Tel.: +689 677286.
    O restaurante mais caro da ilha, sem contar com os dos hotéis de luxo. Especialidades de peixes e mariscos.

Bares: Le Café des Negociants; Morrison’s Café; Le Retro; Café de la Gare; todos em Papeete.

Fonte: Assessoria

TOP 3 DICAS PARA ECONOMIZAR NAS VIAGENS

  • HOSPEDAGEM - Somos parceiros do Booking.com que garante os melhores preços de hospedagem em qualquer lugar no mundo! Você reserva antecipado, pode cancelar e alterar quando quiser. Faça a sua reserva através do nosso link.
  • GANHE 179 REAIS! - O Airbnb é a melhor maneira de alugar casas e apartamentos em locais únicos, com preços para todos os bolsos. Ganhe R$179 de desconto na sua primeira reserva. Aproveite!
  • NOSSAS EXPEDIÇÕES - Participe das viagens que estamos organizando com nossos leitores! São roteiros exclusivos com o melhor dos destinos e hospedagens selecionadas. Junte-se aos nossos grupos VIPs e vamos viajar juntos.

LEIA TAMBÉM



Mauricio Oliveira: Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.
Posts Relacionados