Trekking no Morro do 7 na serra do mar Paranaense





Neste relato descreverei em palavras, fotos e vídeos um pouco sobre um lugar abençoado no meio da serra do mar paranaense, onde conheci com dois amigos (Thiago e Marcelo), que é conhecido como Morro do 7. A montanha leva este nome pois quando avistamos o seu topo, da estrada da Graciosa, pode-se notar o número 7 “esculpido” na rocha. Não relacionarei como chegar ao local, pois já consta em outro relato com o nome de “Mãe Catira” (já publicado aqui no Trilhas e Aventuras).

Saímos perto de 8h da manhã e percorremos com calma a trilha que subia o morro Mãe Catira. Isso mesmo, o morro Mãe Catira. Para se chegar ao 7, o visitante deve primeiro subir todo o Catira e ao chegar em seu ponto mais alto, descer todo ele por sua parte de trás e subir em direção ao 7. Não tivemos nenhum imprevisto na primeira parte da subida e logo que tivemos o primeiro ponto de visão, veio a certeza de que aquele seria um dia para jamais se esquecer.

Estávamos ansiosos para chegar logo ao outro lado do Catira, pois tínhamos a certeza que conseguiríamos uma imagem da serra do mar digna de fotos que custamos acreditar que são verdadeiras. Ao chegar no topo do Catira encontramos dois rapazes fazendo um lanche e se mostravam satisfeitos com aquela vista e resolveram não prosseguir. Mas nós não… nós queríamos mais. Descemos a parte posterior do Catira e seguimos ao 7. A trilha é muito fechada, com pontos onde tínhamos que “abrir” a mata para passar. Não demorou muito e começamos a receber da natureza a recompensa por não desistirmos nos primeiros obstáculos, principalmente na descida do Catira, sabendo que subiríamos todo ele novamente na volta.

Com o topo da montanha cada vez mais perto o cansaço foi ficando em segundo plano. Cada metro percorrido nos deixava em um ponto com uma vista diferente e paralisante. Foram muitas fotos, vídeos e ainda não tínhamos realmente idéia do que estávamos para ver. Nos encantávamos ainda com o vale formado após o Catira, com seu paredão de pedras e o Marumbi visto de trás, ainda um pouco escondido por nuvens.

Seguimos um pouco e avistamos as pedras que formavam o topo da montanha. Um pouco antes deste local é possível achar uma pequena área que pode ser montada uma ou duas barracas. O difícil é chegar com mochila cargueira, tendo que “cortar” a mata fechada. Mas o prazer com certeza compensa, pois deve ser maravilhoso ver o pôr ou nascer do sol daquele local. Ao chegarmos nas pedras finais, fomos recepcionados por um pássaro tranqüilo, que posava para as fotos como se soubesse que ele era a atração naquele momento.

Foram mais alguns metros e nos encontrávamos no alto da montanha. Depois de três horas de caminhada a natureza reconheceu nosso esforço e admiração por sua “obra” e nos presenteou com um dia lindo. Lá de cima conseguíamos avistar os portos de Antonina e Paranaguá, parte do litoral e várias formações de montanhas que compõem a serra do mar. Foi definitivamente uma das visões mais apaixonantes de todas que já presenciei nesta região.

Depois de alguns minutos ali em cima, começou a chegar o pessoal do Clube de Montanhismo, 5 rapazes e 3 meninas. Uma galerinha animada que deixou nosso passeio ainda mais bacana. Com eles vieram algumas brincadeiras, histórias sempre muito engraçadas, um pouquinho de café feito no alto da montanha e um chimarrão quentinho.

Permanecemos ali por mais ou menos 2 horas. O tempo no alto da montanha passa e você não percebe, quando se dá conta já está na hora de descer. Mas o prazer é tamanho que fica difícil se desprender deste local com tanta facilidade. Mas tínhamos que retornar, pois ainda havia muito que caminhar até a base do morro. Mas em nossa volta ainda teríamos tempo para admirar o lugar que com minhas próprias pernas eu cheguei e com meus olhos eu pude observar. E isso não é mensurável, não se compra… apenas se sente, se realiza.

Se vocês quiserem realmente conhecer um lugar lindo na serra do mar eu deixo aqui esta dica. Todo o esforço que se faz para chegar ao alto desta montanha é compensado em seu final. Talvez eu não tenha encontrado as palavras certas para descrever o que é estar diante daquele cenário, mas eu posso dizer com certeza que este pedacinho da terra foi esculpido com muito cuidado e carinho. Não entendo nada de arte, mas posso escrever sem medo de errar que naquele momento eu estava diante de umas das mais lindas obras que um dia alguém ousou desenhar.

Abraço a todos e espero poder compartilhar estes momentos com vocês, algum dia. Seguem dois vídeos para ilustrar melhor o passeio.

Autor: Márcio Trindade
E-mail: marciojtrindade@gmail.com

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Mauricio Oliveira: Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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