Iniciamos a caminhada as 8:00hs. O dia era de céu aberto, com poucas nuvens e um sol que aos poucos ia aquecendo nossa manhã, fazendo com que nossa caminhada se tornasse a cada momento mais extenuante.
Partimos da antiga estrada de terra que liga Campinas a Limeira, porém a menos de 1km a frente já tomamos outro caminho, deixando a estrada principal de lado e seguindo por trilhas mais tortuosas e com maior grau de dificuldade para a caminhada. Nosso destino agora era alcançar por estradas rurais a margem da estrada que liga Limeira à Cosmópolis. Chegando nesta marginal logo avistamos a Via Anhanguera, a qual atravessamos logo depois de reencontrarmos o caminho correto, pois pegamos a trilha errada e andamos sem rumo por aproximadamente meia hora, somente depois seguimos até o bairro rural de Tatuibi/Limeira-SP, onde iniciamos caminhada pela estrada de ferro.
Acreditem ou não, mas andar sob os trilhos do trem não é nada animador. Pior ainda quando se sabe que terá que fazer isto pelas próximas 3 horas. Aos poucos esquece-se do sofrimento e vislumbra-se a paisagem que se revela aos poucos a frente de nossos olhos. São áreas de mata nativa, rios, nascentes e uma natureza que muito pouco se vê próximo a grandes centros. Chegamos então à ponte de ferro sob o Rio Piracicaba, de onde tivemos uma visão que poucos conseguem ter, o rio e a mata que o envolve. Ao chegar no outro lado da margem fomos obrigados a fazer uma parada de alguns minutos e aguardar a passagem do trem. Aproveitei para fazer algo que muita criança tem curiosidade em fazer: coloquei uma moeda no trilho do trem e esperei até que o mesmo passasse. Passado o último vagão, peguei minha então “amassada moeda” e seguimos adiante.
Infelizmente este é mais um dos rios paulistas que encontra-se em situação precária devido a poluição gerada principalmente pelo esgoto doméstico e por resíduos das indústrias. Espero um dia poder ver este e outros tantos rios de nossa região do jeito que eram a quinhentos anos atrás, quando isso ainda era fonte de vida para os que aqui habitavam. Mais uma cena que me deixou profundamente triste foi a queimada que avistamos à beira da estrada de ferro pela qual andávamos. Aos poucos o que era verde, se tornava cinza, sombrio, inóspito.
É uma pena que ainda existam pessoas sem um pingo de amor à natureza. Aproveito e deixo uma pergunta a vocês: Quem mais, além do próprio “SER HUMANO” consegue ser insano o suficiente a ponto de destruir seu próprio habitat? O que você tem feito para melhorar o nosso mundo? Bem, com dor no coração encerramos nossa caminhada. Tristes pelas cenas vistas, porém alegres em saber que o milagre da vida se renova a cada momento, e que cada um de nós pode auxiliar na construção (construção VERDE) de um mundo melhor.
Autor: Ricardo Siebert
E-mail: rsiebert@pop.com.br
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Ver Comentários (1)
Olå.
Os seus relatos de caminhadas sāo muito legais. Porém,para que se tornem úteis para os seus leitores, você deveria publicar um roteiro detalhado das mesmas.
Abs