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Uma viagem inesquecível ao Pantanal

Saímos do Rio, eu Núbia e meu noivo Rodrigo, em direção a S.P. De lá pegamos um outro “buzu” para Campo Grande onde ficamos uma noite. Passeando pelas ruas íamos pedindo informações sobre o Pantanal e todos diziam ser super caro, que iríamos gastar a “maior grana” (algo que nós não tínhamos). Mas como já estávamos na “boca do gol”, chutamos a bola e foi gol.

Cegando em Corumbá logo encontramos um hotel bem em conta pois já havíamos pego informação no ônibus. Por falar neste, tenho que fazer esse relato. Fiquei louca depois de passar pelo Buraco das Piranhas (local onde ficam os fiscais para impedir o tráfico de animais). Às margens da estrada, nos dois lados, havia um enorme número de jacarés pegando sol. Parecia a praia de Copacabana em Domingo de verão. Foi muito “show” para quem só tinha visto o bicho em zoológico.

Voltando para Corumbá… No hotel fomos logo tentando arrumar conversa para descobrirmos um jeito de chegar até o Pantanal sem Ter que “vender o próprio couro”. Gol de novo! Através do dono do hotel conhecemos o “seu” Gato, que levava turistas para uma fazenda onde fazia-se camping selvagem a um ótimo preço.

No mesmo dia pegamos estrada. Aliás, aquilo parecia trilha para enduro. Foi o máximo! Vimos várias fazendas no caminho, inclusive a do Quércia. Rodamos horas e horas e nada de chegar o fim da tal fazenda. Ela é imensa!

Pronto! Chegamos ao acampamento! Lá havia cozinha, barraca e alojamento, sendo este com telhado de palha e parede de tela com redes para dormir. Ficamos eu e meu Rodrigo numa barraca. Lá não havia luz, chuveiro, vaso sanitário, entre outras necessidades do mundo moderno. O banho era no rio, que caso deixássemos para quando escurecesse, sempre teríamos observadores; jacaré que ficavam a aproximadamente 4 a 5 metros de distância. Pura adrenalina!

As necessidades fisiológicas eram feitas num banheiro improvisado. Tinha até placa em inglês dizendo se estava ou não ocupado. Muito chique! Fazia-se um buraco no chão com uma enxada e depois cobríamos igual fazem os gatos. O papel era posto em sacos que lá ficavam e os mesmos eram levados para a cidade junto com outros lixos uma vez por semana.

Fauna Pantaneira

Juro nunca ter visto tantos animais diferentes em minha vida. Tamanduás-bandeira, cobras, veados matreiros (que inclusive chegavam tranqüilamente no camping), ariranhas, preguiças… Não dá pra descrever tudo. Eram tantas espécies que me senti num jardim zoológico a céu aberto. Pássaros eram muitos de todas as cores e formas. Tuiuiús (símbolo do Pantanal), araras de vários tipos, emas, tucanos, entre outros.

No rio, além dos jacarés que apareciam ao entardecer, a variedade de peixe era bárbara. Muitas cores, diversos formatos e diferentes tamanhos. E óbvio, as piranhas. Dava até para mergulharmos onde elas estavam sem o menor perigo, desde que não estivéssemos com nenhum machucado. Eu entrei na água com elas, “numa boa”, mas voltei logo pro barco. O meu Rodrigo veio nadando até a margem do rio, e claro, chegando ileso.

Dizem que as piranhas só atacam se elas estiverem em grande quantidade num local com pouca comida e poucos predadores naturais. Durante a noite tomamos um caldo de piranha na janta. Uma delícia! Dizem ser afrodisíaco. Tá certo que pode ser folclore, mas eu não acredito.

Uma coisa que me deixou extremamente intrigada foi o fato de haver várias lagoas de água salgada bem ali no centro do continente.

No camping estávamos eu, meu Rodrigo, os guias, o cozinheiro, um casal de alemães, cinco paulistas, um israelita que já estava no Brasil há quase seis meses fazendo turismo, três norte-americanos, uma portuguesa, alguns ingleses e três holandeses.

A volta foi tranqüila. No caminho de terra havia famílias e mais famílias de capivaras. Ficamos mais um dia em Corumbá onde obtivemos informações sobre a cultura local e tribos indígenas que ocuparam aquelas terras. Na biblioteca ganhamos um livro que fala sobre a história de Corumbá e proximidades.

O Brasil é Demais!

Atravessamos a fronteira para a Bolívia. O lado deles é super pobre. A maioria das pessoas sequer tem sapatos. Quase todos que vi usavam chinelos surrados e roupas muito simples. Os carros davam a impressão que iam desmontar. O povo é simpático e trata os brasileiros muito bem. Isso foi a impressão sentida por mim ali na fronteira. De resto não sei como é.

Vindo para o Rio, já não ficamos impressionados com os jacarés que víamos através das janelas do ônibus. Estávamos cansados e com saudades dos nossos. Mas para mim foi o melhor passeio que já fiz.

Conheço vários pontos do país, porém esse foi o que mais me impressionou pela exuberante natureza. Principalmente pela fauna de enlouquecer. É o tipo de programa que todo brasileiro deveria para conhecer melhor o próprio país dando ao nosso Brasil mais valor.

Este é um país de raríssimas belezas naturais, de uma fauna e flora fantásticas. Realmente como fala o nosso hino: “Teus risonhos lindos campos tem mais flores. Nossos bosques têm mais vida”.

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Autor: Núbia Mara Cilense
Cidade/UF: Rio de Janeiro – RJ

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Escrito por Mauricio Oliveira

Maurício Oliveira é social media expert, consultor e influenciador de turismo e empreendedor. CEO do portal Trilhas e Aventuras, também conta suas experiências de viagens pessoais no blog Viagens Possíveis. Especialista em Expedições na Rota das Emoções e Lençóis Maranhenses. Ama o que faz no seu trabalho e nas horas vagas também gosta de viajar. Siga no Instagram, curta no Facebook, assista no Youtube.

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