Surf em Fernando de Noronha e os melhores dias da minha vida, por Luis Masterson

Melhor viagem da minha vida até agora, melhor onda que eu já surfei, melhor mergulho livre que eu já fiz, melhor trilha que já fiz, melhor mergulho com cilindro que já fiz, melhor por do sol que já vi, melhor passeio de barco que já fiz, maior variedades de peixes e vida marinha que já vi, melhor “escalada” que já fiz, melhores paisagens que já vi.

Sem dúvidas tem muito a acrescentar nessa lista. Fernando de Noronha emociona de tanta beleza em um só lugar. Só tenho a agradecer a Deus pela oportunidade de ver tudo o que contemplei nesses dias de Surf em Fernando de Noronha e vou compartilhar com vocês.

Bem, Noronha é perfeito, uma pintura , tudo vale a pena ver e acho que se você tiver tempo deve fazer tudo que der, minha dica é, não perca tempo entre uma atividade e outra, programe o próximo dia e deixe tudo pronto.

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Passeio de Barco e Mergulhos em Noronha

Minha dicas são práticas e rápidas. Portanto, vamos lá. Sobre o passeio de barco, eu fiz com o Trovão dos Mares, custou 230 com almoço e passeio de plana sub, mas se quiser economizar tem o barco Na Onda que é mais barato e me falaram que é bom também.

Mergulho com cilindro eu fiz com o pessoal da Noronha Divers, fiz duas saídas, na primeira conhecemos o Buraco do Inferno e Cagalhas, e na segunda saída Cordilheiras e Buraco das Cabras. Excelente operadora e o pessoal de lá me deram dicas de mergulhos que me fizeram evoluir, sem dúvidas eu faria com eles novamente. Custou 380 por pessoa, cada saída. O mar e a vida do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha não tem preço.

Sou credenciado pela PADI open water diver que me permite mergulhar com cilindro de ar até 18 metros, fiz o curso mês passado para aplicar em Noronha. Era um sonho que Deus me permitiu realizar.

Quantos aos mergulhos livres, pra mim o mais surpreendente foi o mergulho no naufrágio do porto. Assim que você entra dá de cara com um monte de filhotes de tubarão, vi uma variedade muito grande de peixe, um tubarão adulto muito grande, um cardume de arraias e uma arraia muito grande que pagou a viagem.

Outros pontos legais para a prática do mergulho de snorkel em Noronha são a Praia do Sueste, onde paguei um guia lá e vimos dezenas de tartarugas e três tubarões, moreias e uns peixes legais. No Atalaia eu vi um polvo, uma experiência inesquecível. No Sancho eu vi um cardume de sardinha bem no raso, elas ficam ao redor e você gira 360° e só vê peixe. É incrível.

Hospedagem e Alimentação em Noronha

Escolhi ficar na Pousada Ousadia, bem em frente do Flamboyant na entrada da vila. Os donos me fizeram me sentir em casa e da família, foi até complicado a despedida, pois eles fizeram além da obrigação, e eu fiquei grato por isso, sem dúvidas fica o vínculo e a vontade de voltar. Eu paguei 75 a diária por pessoa, mas já tiveram que subir o preço, pois inflacionou tudo lá. As coisas são bem caras pra manter um negócio funcionado, é uma bola de neve os gastos. Mas a pousada é bem localizada e ele disponibiliza a cozinha.

Alimentação? Realmente é meio salgado os preços. Fiz meus cafés da manhã e lanche na pousada mesmo. A noite eu comia tapioca do lado da Igreja Nossa Senhora dos Remédios, custa 8 reais três sabores e o copo de suco 5 reais, também comia açaí pra repor as energias. No almoço eu comia no Restaurante Flamboyant, pois era bem em frente da minha hospedagem e a comida era boa. Gostei do ambiente, é na base do peso lá, saía em média uns 27 reais e 8 reais do suco.

Locomoção e Trilhas em Noronha

Se você tem condições e vai passar pouco tempo, acho que a melhor opção é alugar um buggy, pois você fica mais livre e chega nos lugares bem mais rápido. De ônibus da pra chegar em vários lugares, mas é de meia em meia hora, e deixa você próximo das coisas, o resto é caminhada. Tem táxi também, 20 reais para o aeroporto. Tem bicicleta, na descida e legal, mas nas subidas o pessoal ia andando empurrando debaixo do sol, mas seria legal pedalar vendo as vistas e os lugares.

Se você vai pra Noronha vá com bom preparo físico, faça academia antes, caminhada, ou alguma atividade aeróbica, pois tem muita ladeiras e pedras e você se desgasta bastante. Use um tênis velho e leve menos peso na mochila, mas é essencial levar água e umas barrinhas de cereal para as trilhas, isso ajuda muito.

A Trilha Curta do Atalaia e a Trilha dos Abreus são auto guiáveis. Fiz a Trilha do Piquinho só, kkkkk quase me perco por duas vezes, mas deu certo graças a Deus \o/. Não faça isso sem um guia! Mas apesar dos desgastes físicos, eu faria todas novamente e sorrindo. A Fátima (81 9408-3798 / 3619-1910) é uma guia em Noronha, uma senhora de uns 50 anos por aí, muito gente boa e atenciosa. Recomendo.

O Ilhatour em Noronha no meu ponto de vista só é válido se você vai ficar uns três dias no máximo. Caso contrário acho melhor você alugar um buggy e fazer por conta própria, aí você faz seus horários, mas isso é uma questão de opinião, como eu não fiz o Ilhatour não sei dizer se é melhor.

Surf em Fernando de Noronha

Pra começar, fiz uma trilha que não aconselho, kkkkkk. Fui marginando a orla da Praia do Cachorro até o Boldró. Fiquei destruído, já chequi cansado no pico de surf, mas a vista é muito massa, vale a pena pra desbravadores.

O Boldró tem uma onda gorda cheia, abre pros dois lados. A Cacimba do Padre é um clássico, tubular e próximo aos Dois Irmãos a onda bate no morro e volta e forma uma esquerda tubular, e mais pro lado da Praia do Bode formam umas direitas tubulares também.

Na minha opinião a mais fácil de entrar e pegar umas boas ondas é na Praia do Meio. Abre pros dois lados também, e forma uma paredinha excelente, pequei a onda que passei mais tempo em pé no fun board, kkkkkkk woohoo \0/ .

Entrou um swell na sexta e a Praia da Conceição tava tubular e com séries muito grandes, sinceramente não tive coragem de entrar, fiquei só assistindo a galera pegar uns tubos de esquerda lá.

Cuidado com os caldos lá, pois você fica um tempo embaixo da onda girando pra todo lado, tem que se manter bastante calmo e curtir o caldo. Quando passar der umas remadas pra cima pra sair e espere um pouco pra respirar, pois tem muita espuma.

É só ter cuidado para curtir. É legal ficar uns 3 minutos olhando o mar, e vendo o pessoal surfar, isso faz você entender melhor as condições de Surf em Fernando de Noronha.

Cuidado com as pedras e corais! No Boldró o fundo é de coral, e tem umas pedras dos dois lados. No Cachorro a entrada é toda de pedra praticamente. Cacimba do Padre, Conceição e Praia do Meio o fundo é de areia, pelo menos foi o que eu vi. Geralmente tem mais onda no fim de tarde, mas isso é relativo. Achei uma onda meio difícil, mas evoluí um pouco mais esses dias surfando em Fernando de Noronha.

Emoção em Noronha

Sinceramente eu achava demasiadamente poético e romântico algumas publicações na internet, as achava que eram surreais, mas gostaria de achar frases e poemas e romantismo pra expressar, ou pelo menos tentar expressar, tudo que vi na ilha e não consigo achar palavras que expressem de uma forma plena as belezas de Fernando de Noronha.

Lembro que por duas ou três vezes tive que conter as lágrimas ao contemplar um cenário ou paisagem. Lembro quando chequei em uma vista do mar de fora, próximo ao Museu do Tubarão e tive que segurar as emoções pra não chorar.

Como não consigo expressar com minhas próprias palavras, escolhi o hino oficial de Fernando de Noronha para representar emoções.

Fernando de Noronha – Hino Oficial

Entre ondas bravias, azuis
Sob um céu sempre cheio de luz,
Há um pedaço da minha terra,
Esta ilha, que a todos seduz.
Brancas praias, rochedos, luar
E o Pico, altaneiro, sem par,
Fernando de Noronha é um sonho
Do qual ninguém quer despertar.

Quem já viu qualquer coisa mais bela
Que os abismos do Sancho e Sapata,
Italcable, Cacimba do Padre
E o mar, espumando na Rata?
Atalaia, baía Sueste,
E, no mastro do forte, a bandeira,
São cenários que nunca se esquece,
São lembranças para a vida inteira!

A viagem aconteceu de 1 a 7 de Fevereiro de 2015. Obrigado pelas dicas do pessoal do grupo Dicas de Noronha no Facebook, pois me foram úteis em todo tempo.

Por Luis Masterson